Replan é confirmada para construir ETE Palmital
A Prefeitura de Marília publicou nesta sexta-feira (20) a homologação da licitação para construção do sistema de afastamento e tratamento de esgoto Palmital. Com sua conclusão, no prazo de 14 meses, a cidade passará a ter quase 100% dos dejetos humanos tratados.
A Replan Saneamento, que concluiu recentemente a construção das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) do Pombo e do Barbosa, também venceu a licitação para a última etapa do projeto que se arrasta há anos e ficou conhecido como a “Obra do Século”.
O valor pela construção da ETE Palmital é de R$ 40,9 milhões e após o prazo de execução, será iniciado o prazo de pré-operação – de seis meses. O prazo total de contrato é de 600 dias.
A bacia do Palmital será construída próximo ao distrito de Dirceu e deve atender cerca de 109 mil marilienses das zonas Leste e Norte. Serão coletados 270 litros de esgoto por segundo. É o equivalente a cerca de 30% do esgoto da cidade.
No total estão sendo investidos aproximadamente R$ 88 milhões na atual gestão – sendo R$ 46 milhões para as bacias do Pombo e Barbosa. Os recursos estão garantidos após contratos assinados com a Caixa Econômica Federal (CEF).
Quando as máquinas para testes da ETE Pombo foram acionadas, em junho deste ano, o prefeito Daniel Alonso disse que o esgoto tratado terá impacto direto no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Marília e de outros municípios próximos.
“O avanço será na economia com saúde pública, defesa do meio ambiente e na atração de empresas, principalmente aquelas que exportam. Outros países exigem selos de que o esgoto onde elas estão instaladas é tratado”, comentou Daniel.
Na ocasião, Reinaldo Pavarini, diretor da Replan Saneamento, se dizia satisfeito por terminar as primeiras etapas do projeto. “Trabalhei aqui desde o começo contratado pelas outras empresas”, comentou.
A história das obras para tratamento de esgoto de Marília começa em 1994 e passou por diversas paralisações e denúncias de superfaturamento. Da última vez, foi retomada pela Replan em 2018.
Antes disso, a Construtora OAS, envolvida na Lava Jato, teve seu contrato rompido pela gestão passada e boa parte dos materiais abandonados no canteiro de obras acabou se perdendo.
Mesmo assim a administração municipal afirma que conseguiu rever os custos previstos e espera concluir o projeto gastando 56% do que o estimado em 2011, de R$ 120 milhões que atualizado pela inflação hoje seria equivalente a mais de R$ 200 milhões.