‘Renúncia da presidência não é cogitada’, diz assessoria
Expectativa agora na Câmara de Marília é pela volta do presidente licenciado Marcos Rezende (PSD). O parlamentar tem prazo até o próximo dia 22 [domingo] para a retomada das atividades, sem que o Legislativo precise dar posse ao suplente da cadeira.
O vereador está em reabilitação após caso grave de Covid-19. Foram quase dois meses de internação, entre Marília e São Paulo.
Entre os assessores e outros vereadores, a expectativa é que o presidente titular reassuma o cargo e as funções à frente da Casa nos próximos dez dias. A sessão desta próxima segunda-feira (16) – a julgar pelo prazo – seria a última em que Rezende ainda pode estar afastado.
Além de um interlocutor político que consegue dialogar com praticamente todos, o que permitiu segundo mandato consecutivo à frente da mesa diretora, Rezende é considerado um mediador capaz de estreitar relações entre os poderes Legislativo e Executivo, principalmente, durante as crises.
Em respeito à família e a necessidade de repouso, políticos relatam que não têm feito visitas, mas enviado mensagens de apoio e motivação. O presidente licenciado está se submetendo à fisioterapia para tratar sequelas provocadas pela doença.
A rede social de Rezende tem se movimentado com mensagens de datas comemorativas, além de repostagens de atividades políticas e eventos. Recentemente, o parlamentar falou ao Marília Notícia com exclusividade sobre a reabilitação.
“Sobre o meu retorno à Câmara, analiso esta possibilidade como uma conquista que almejamos com muito esforço ao longo dos últimos meses. Espero retomar ao meu mandato com bons projetos, mais ideias para o Legislativo e acatando sugestões da comunidade”, escreveu.
Sobre o drama vivido com a Covid-19, o presidente da Câmara diz ter vencido. “Com maior alegria aos meus eleitores e população de Marília, afirmo que superei este desafio e esta luta árdua em minha vida”.
RENÚNCIA À PRESIDÊNCIA
A assessoria do parlamentar disse que a renúncia do cargo de presidente – com retomada das atividades de forma remota, somente como vereador – “não é cogitada”. Porém, nos bastidores políticos há incertezas sobre a volta plena de Rezende na direção da Câmara, com todas as exigências do cargo, já neste semestre.
Conforme o Regimento Interno da Casa, nada impede que ele continue presidente licenciado e que o suplente (Marcelo Macedo – PSD) tome posse. Quando regressar, o vereador pode reassumir todas as funções normalmente.
Porém, não é possível que o chefe do Legislativo presida a Câmara sem participar presencialmente da rotina. A única possibilidade de eleição excepcional da mesa diretora seria a renúncia de Rezende, caso o vereador opte por reassumir seu mandato e participar de sessões remotas, o que, segundo a assessoria, sequer é cogitado.