Religiosos falam em preocupações e expectativas para 2025
Lideranças religiosas de diferentes tradições em Marília revelaram as principais preocupações e objetivos para o próximo ano, refletindo os desafios enfrentados pela sociedade contemporânea e as demandas de seus fiéis.
Em meio às diferentes visões e práticas, as lideranças religiosas convergem em suas preocupações com o bem-estar espiritual, mental e social de Marília.
Apesar de visões diferentes, todas buscam ações, dentro de suas tradições, para trazer conforto, esperança e transformação diante das dificuldades previstas para o novo ano.
O pastor Domingos Jardim, da Primeira Igreja Batista, contou que vai orar pelas famílias e pelo país. Ele explicou que as famílias são um reflexo da sociedade. Para o religioso, se a família está bem, a sociedade também caminha no mesmo sentido.
“Vamos orar pelas famílias. A sociedade vai ser o resultado do que acontece em casa. Nunca teremos uma sociedade melhor do que as famílias que formam essa sociedade. A primeira coisa é olhar pelas famílias. Eu acredito na família. A família é uma instituição que Deus, o Pai, criou, uniu e formou. Pelas perspectivas, me parece que o 2025 não será um ano fácil. Precisamos orar para o nosso país, para a gente ter melhores administrações, com muita sabedoria. Eu acredito que se houver um olhar mais social, a gente pode ter uma cidade ainda melhor, mais justa, mais igualitária e mais abençoada”, disse o pastor.
Reverendo Kentaro Sugao, do Templo Budista Honpa Hongwanji de Marília, explicou que os budistas não fazem oração para Deus ou para Buda. O budismo prega que a libertação do sofrimento e a iluminação podem ser alcançadas através do autoconhecimento, da meditação e da prática do bem.
“Claro que a gente tem muita preocupação com o mundo e com a situação atual das pessoas, mas não oramos por isso. Não fazemos pedidos. Nosso comportamento em relação ao Buda é um pouco diferente. Nos preocupamos com a guerra que está acontecendo. A questão do meio ambiente, aquecimento global e mudanças climáticas provocadas pela ação do homem, além da saúde física e mental das pessoas. Muitos passam dificuldades e estão com depressão e ansiedade. Temos que diminuir a ganância, raiva, ciúmes e ignorância, que causa todos esses sofrimentos. Como religiosos, vamos trabalhando com isso”, contou Sugao.
Dom Luiz Antonio Cipolini, bispo diocesano de Marília, revelou que os católicos querem um tempo de graça em 2025. Ele explicou que o papa Francisco abriu as portas da Basílica de São Pedro, em Roma, na noite de Natal, como símbolo do Jubileu 2025. Esse gesto, segundo o religioso, lembra que “Jesus Cristo é a porta da salvação”.
“A partir da abertura do Jubileu, no dia 29, esperamos que 2025 seja marcado pela esperança e o perdão. Por isso, a oração e os esforços pastorais de toda a Diocese de Marília estarão concentrados para que vivamos o que o papa Francisco intitulou de ‘sinais de esperança’. Queremos no próximo ano levar a esperança, a fé e a caridade aos encarcerados, doentes, jovens, exilados, idosos e pobres, para que todos sintam o amor do Menino Jesus que celebramos no Natal. O importante é que os católicos deem testemunho da fé em Jesus Cristo e, como Igreja em saída, vivam e anunciem a salvação”, disse o bispo.
Pai Júlio, também conhecido como Taata Panangue, comanda o Templo das Águas de Yemanjá ao lado de Mãe Elisa, a Maama Mutayúka. Ele explicou que as pessoas procuram as religiões de matriz africana, muitas vezes, em momentos que se encontram perdidas e sem esperança.
“Muitas ficam perdidas em decisões que precisam tomar na vida, em caminhos que elas têm que seguir e muitas vezes vão procurar o terreiro. Marília tem uma energia muito pesada. As pessoas, muitas vezes, vão procurar as religiões de matriz africana quando pensam em tentar contra a própria vida. Essas pessoas são muito necessitadas de uma conversa, de uma direção, de um conselho para essas questões. A maioria das pessoas vão procurar a gente para o aconselhamento. A gente está ali como sacerdote para direcionar a pessoa neste caminho”, revelou Júlio.
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