Relatório do TCE revela novas irregularidades em escola
Relatório completo do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), sobre fiscalização realizada no final de abril, foi divulgado pelo órgão e trouxe novas informações sobre situação da escola municipal Célio Corradi, no bairro Altaneira, zona Leste da cidade.
Veículo escolar que transporta alunos da zona rural também foi vistoriado. Os fiscais verificaram ainda instalações internas além da cozinha – onde foram relatadas, inicialmente, irregularidades referentes à alimentação.
No ônibus, a vistoria apontou bancos rasgados, falta de extintor de incêndio e falta de uniforme da monitora de transporte, que não tinha nenhuma identificação visível.
O mais grave, porém, no caso do transporte, foi a identificação de pneus em más condições de conservação. A limpeza do veículo foi descrita entre “regular a ruim”. O serviço é prestado por uma empresa terceirizada.
TCE verificou que a escola não possui Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB); o prédio tem sinais de infiltração em vários pontos; portas precisando ser trocadas e pintura desgastada; além de sinais de bolor e pisos danificados.
Até marcas de fuligem, de um incêndio ocorrido anos atrás, foram identificadas. A tinta para a pintura foi comprada, mas continuava estocada nos corredores da escola desde o ano passado.
Na área externa, mais problemas: muitas rachaduras no piso e nas arquibancadas da quadra esportiva. Nos banheiros, além de fiação exposta, não havia sabão para higienização das mãos e papel toalha.
Na cozinha, azulejos encardidos e “produtos de limpeza sobre mesas e cadeiras posicionados muito próximos à entrada da cozinha e à janela em que é feita a distribuição de alimentos para as crianças, situação que pode dar causa à contaminação de alimentos.”
MERENDA
Em relação à merenda fornecida no dia da vistoria, segundo o relatório do TCE, o alimento “não era o mesmo informado no cardápio” e “não havia proteína suficiente para a preparação do prato constante do cardápio encaminhado pela nutricionista do município.”
Também foi aponto que “as condições estruturais da cozinha não garantem um ambiente salubre e livre de contaminação”.
Com inúmeras rachaduras nos azulejos, peças faltando, vazamento em sifão, pouca ventilação, o local não teria condições de garantir a segurança dos preparos.
A reportagem do Marília Notícia questionou a Prefeitura de Marília. Até o fechamento desta edição, ainda não havia retorno da administração municipal. O espaço segue aberto.