Região já teve 39 casos de meningite em 2017
A região administrativa de Marília já registrou 39 internações provocadas por meningite desde o começo do ano. As informações são do banco de dados do DataSUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde).
Foram 19 ocorrências de pessoas com residência em Marília, seis em Assis, cinco em Garça, quatro em Bernardino de Campos, duas em Tupã, uma em Santa Cruz do Rio Pardo, um em Paraguaçu Paulista e mais uma em Ourinhos.
Os dados dizem respeito ao período de janeiro a julho de 2017 e são retirados Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde. Nesse período foram duas mortes por conta da doença da região: uma em Assis e outra em Santa Cruz do Rio Pardo.
As informações referentes a internações são disponíveis desde janeiro 2008. Desde lá, até julho deste ano foram 602 casos – 311 só em Marília. Ao todo, no período analisado, 20 cidades apresentaram pacientes com meningite internados.
Nesse recorte, chama a atenção a cidade de Ourinhos, que teve 97 registros – contra um em 2017, como demonstrado acima. O número de mortos com a doença foi de 42 na região – 16 em Marília e 12 em Ourinhos, principalmente.
Quando a verificação é por casos notificados e confirmados – e não especificamente por internações – os dados disponíveis vão de 2007 até 2015.
No quadro desse período, o número de confirmações de meningite (e não internações) foi de 1.035 confirmações na região administrativa – 567 só em Marília.
Meningite
A meningite, de acordo com o Ministério da Saúde, é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. “Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos”, afirma o órgão.
De acordo com as informações oficiais, as meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido sua magnitude, capacidade de ocasionar surtos, e no caso da meningite bacteriana, a gravidade dos casos.
No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas no inverno e das virais no verão.
Segundo a organização internacional MSF (Médicos Sem Fronteira), quando pessoas infectadas começam a manifestar os primeiros sintomas, constantemente têm dores de cabeça intensas e repentinas, febre, náusea, vômito, fotofobia (baixa tolerância à luz) e enrijecimento do pescoço. Ainda que pessoas de qualquer idade possam ser infectadas pela meningite, bebês e crianças são particularmente suscetíveis.
Vacinas
A melhor maneira de evitar é prevenindo antes que um contato com a doença ocorra e hoje existem algumas vacinas disponíveis, mas com diferenças importantes entre elas.
Contra a doença meningocócica, existem dois tipos de vacina: as vacinas conjugadas (C e ACWY) e a vacina meningocócica B.
Na rede pública somente contra o tipo C pode ser encontrada, enquanto a clínicas particulares oferecem todos os tipos de proteção.