Pandemia deixa Marília sem mutirão de limpeza contra o Aedes
Marília termina 2021 – ano de epidemia com quase três mil casos de dengue – sem promover mutirão de limpeza com mobilização da cidade.
Ao longo destes últimos 12 meses, foram feitas apenas ações pontuais, nas regiões com maior número de focos do mosquito Aedes aegypti, com trabalho de moradores e agentes de endemias. É o segundo ano consecutivo sem mutirão.
Entre 2017 e 2019, a cidade não deixou de realizar a ação de limpeza nenhuma vez. Em média, são recolhidas cerca de mil toneladas a cada edição da campanha, que dura semanas e mobiliza as secretarias municipais da Saúde e do Meio Ambiente e Limpeza Pública.
A iniciativa chegou a ser realizada duas vezes no mesmo ano, quando Daniel Alonso (PSDB) assumiu o primeiro mandato. Em março de 2017, a ação foi feita com recursos e divulgação da própria Prefeitura. No fim do ano, teve parceria de uma emissora de TV aberta para convocação da população.
Conforme o secretário municipal da Saúde, Cassio Luiz Pinto Júnior, a pandemia foi fator que comprometeu a realização dos mutirões.
Também pesou para o município a impossibilidade da frente de trabalho com os presos do regime semiaberto, que foram impedidos de realizar serviços externos, por conta da crise sanitária.
Com o arrefecimento da pandemia, a expectativa é que as ações voltem a ser realizadas em 2022.
ENDEMIA
Considerada uma endemia, por já estar instalada na região de forma permanente, a dengue tem repetido epidemias a cada ano e registra notificações o ano todo, inclusive no inverno.
Em 2019 foram registrados 2.939 casos na cidade ao longo do ano. Já em 2020 – primeiro ano de pandemia de Covid-19 – foram 1.591 casos da doença. Neste ano, somente até meados de dezembro, foram confirmadas 2.933 infecções.