Receita da Microsoft cresce 17%; empresa atinge recorde
Em 2020, cresceu a importância de serviços em nuvem e de entretenimento voltado para o lar – a pandemia forçou o trabalho remoto e levou muita gente a jogar videogame nas horas vagas. O resultado disso foi refletido no balanço financeiro da Microsoft, uma das principais empresas de seviço em nuvem – e dona de uma das três principais marcas dos games.
Nesta terça, 26, a companhia anunciou que viu no último trimestre de 2020 a receita da sua divisão de serviços em nuvem crescer 50% em relação ao mesmo período de 2019 – um balanço fechado ainda antes da covid-19 se tornar uma pandemia. Os analistas esperavam alta de 41%. A divisão de Xbox, que corresponde ao produtos e serviços de games da companhia, também teve um aumento grande na receita: 40%. Até a divisão de LinkedIn viu avanço de 23% na receita.
No geral, a receita da Microsoft cresceu 17% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo a marca de US$ 43,1 bilhões. “Testemunhamos no último ano o começo de uma segunda onda de transformação digital, varrendo todas as companhias e indústrias. Construir suas próprias capacidades digitais é a nova moeda que conduz a resiliência e crescimento de cada organização”, disse em nota Satya Nadella, presidente-executivo da empresa.
O resultado animou os investidores. Após o fechamento do mercado americano, as ações da empresa atingiram o maior valor histórico, US$ 243, alta de 5%. Isso colocou a empresa perto de outra marca histórica: valor de mercado de US$ 2 trilhões, marca que só foi atingida até hoje pela Apple. Por enquanto, a empresa vale US$ 1,75 trilhão.
Deve ser uma questão de tempo. Analistas esperam que o segmento de nuvem da Microsoft continue crescendo, pegando impulso na digitalização. “O home office está incentivando ainda mais as empresas a fazerem mudanças estratégicas para serviços de nuvem, com a Microsoft em toda a linha”, afirmou Dan Ives, analista da consultoria WedBush Securities.