Rapaz que matou rival com 12 tiros pega 14 anos de prisão
O Tribunal do Júri de Marília condenou nesta quinta-feira (12), a pena de 14 anos de prisão em regime inicialmente fechado, Marcos Antonio da Silva de Oliveira, conhecido como “Paquito”. Ele é acusado de matar com 12 tiros o jovem Gabriel Anizésia Ferreira, de 18 anos, em 29 de julho de 2017.
O julgamento estava previsto para outubro do ano passado, mas foi adiado devido a ausência de uma testemunha considerada “chave” nas investigações.
No início de fevereiro, foi novamente remarcado, momentos antes da abertura dos trabalhos. Um dos jurados se declarou impedido. Ele descobriu que conhecia as famílias do réu e da vítima.
Dessa vez, “Paquito” foi julgado e condenado, conforme a denúncia do Ministério Público, inclusive com as qualificadoras, que aumentam a pena inicial.
Foram dois os agravantes, reconhecidos pelos jurados – motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
O crime
A promotoria apontou que, no dia do crime, por volta de 23h, Marcos matou Gabriel, na rua Hidekazu Mitsui, esquina com a avenida Francisco Chaves de Moraes, no Conjunto Habitacional Alcides Mateuzzi, zona Norte de Marília.
Ele agiu juntamente com Caio Vinicius Pedro Ferreira, vulgo “Gordinho” e com terceira pessoa não identificada, segundo consta na denúncia.
A promotoria narra que Marcos manteve relacionamento amoroso com a namorada da vítima, o que gerou agressões mútuas e, consequente desavença pessoal.
Isso teria motivado o acusado a comprar uma arma de fogo calibre 9 milímetros, de uso restrito, e a planejar a execução do crime em conjunto com os outros dois indivíduos.
No dia do crime, Marcos marcou um encontro com Gabriel e foi até ele em companhia de Caio, que conduzia o veículo.
Usando uma arma de fogo, Marcos se aproximou de Gabriel e, sem que ele pudesse prever o ataque, fez 12 disparos, atingindo-o na região do tórax, braço direito, região nasal e, inclusive, nas costas, levando a vítima a óbito.
Após a execução, Marcos entrou no veículo de Caio e eles fugiram. O autor dos disparos foi preso por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) em agosto de 2017. Cerca de um ano depois, o juiz do caso confirmou que seria submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri.
Caio seguiu foragido até 13 de março de 2019, quando os policiais conseguiram localizá-lo na Vila Barros, zona Norte. Ele ainda aguarda pelo julgamento, já que foi determinado o desmembramento dos processos dando origem a outra ação.