Quênia ameaça não ir aos Jogos do Rio devido ao zika
O Comitê Olímpico do Quênia disse na terça-feira (09) que estuda não enviar atletas ao Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos devido ao atual surto do vírus zika no Brasil.
O Quênia possui alguns dos maiores corredores de média e longa distância do mundo. Nos Jogos de 2012, em Londres, o país conseguiu 11 medalhas, todas no atletismo. No Mundial da categoria no ano passado, os quenianos lideraram o quadro de medalhas.
“Obviamente, nós não vamos nos arriscar a levar quenianos [para o Brasil] caso o vírus zika atinja níveis epidêmicos”, disse o presidente do comitê, Kipchoge Keino, à agência de notícias Reuters. “Eles terão que nos garantir que o país é suficientemente seguro para receber atletas.”
Keino, que é ex-atleta e medalhista olímpico, afirmou que o Quênia está em contato com os organizadores dos Jogos e que já deixou claro a eles suas preocupações.
“Nós já deixamos claro que, se não limparem os locais desta doença potencialmente perigosa, nós não iremos para lá”, disse. “Mas se eles garantirem que as coisas estão em ordem e que não há risco para os participantes, nós iremos.”
Em entrevista coletiva, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que não acredita que a ocorrência do vírus possa comprometer os Jogos de 2016, que começam em agosto. Ele garantiu que medidas para conter o alastramento da doença estão sendo executadas pelo Poder Público, tanto em nível municipal quanto federal.
“Não acho que haverá impacto [nos Jogos Olímpicos], principalmente porque nesta época do ano [agosto] é a estação de seca, no inverno, e não temos histórico de ação do mosquito nesse período. A pior parte do ano é o verão, mas estamos tomando as devidas precauções”, disse Paes, em resposta à pergunta de uma jornalista estrangeira.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência sanitária mundial por causa do elevado número de casos de microcefalia e outras complicações neurológicas no Brasil, possivelmente relacionados ao vírus zika.
A OMS afirma que o vírus zika está se espalhando de forma “explosiva” e pode infectar até 4 milhões de pessoas em todo o continente americano.
Fonte: Terra