Queimadas têm aumento de 50% em Marília, apontam satélites do Inpe
Dados do programa de monitoramento e coleta de dados para prevenção de queimadas, mantidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam aumento de 50% no número de queimadas em Marília neste ano, ante ao mesmo período do ano passado. A população já tem sentido as consequências, com piora na percepção da qualidade do ar.
De janeiro ao final de julho de 2023, os satélites detectaram 52 focos no território de Marília, o que correspondeu, naquele período, a 0,2% de todos os registros do Estado de São Paulo.
Já neste ano, em igual recorte de tempo, o Inpe totalizou 78 focos de queimadas no município. Como o volume total aumentou em todo o Estado, a proporção das ocorrências na cidade caiu para 0,2%, em relação ao mapa paulista.
No início da noite desta segunda-feira (29), moradores da região do Esmeralda e Lácio, além de condutores que passaram pela SP-294, no trecho entre Marília e Vera Cruz, tiveram que enfrentar a fumaça após mais uma queimada na área.
Vele lembrar que as queimadas são causadas pela ação humana. Quanto a isso, a legislação ambiental brasileira têm dispositivos para punição, o que nem sempre é possível, devido a dificuldade para identificar os infratores.
A Lei de Crimes Ambientais (9.605/1998) estabelece sanções penais e administrativas para condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. O uso de fogo em áreas florestais e em outros tipos de vegetação tem pena de reclusão de dois a quatro anos, além de multa.
Denúncias podem ser feitas à Polícia Militar por meio do telefone 190 ou diretamente à Polícia Militar Ambiental pelo (14) 3433-7199.
Com a legislação local, a Prefeitura de Marília também pode punir, administrativamente, infratores no perímetro urbano. O telefone da Secretaria de Meio Ambiente é o (14) 3401-2000.