MPT investiga quatro casos de assédio eleitoral em Garça
O Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu quatro denúncias contra empresas e empresários de Garça (distante cerca de 30 quilômetros de Marília), apontados por supostamente promoverem assédio ou coação eleitoral. Um caso também foi denunciado em Ourinhos (distante 93km de Marília).
Na maioria dos casos, a queixa aponta que o empregador assedia os seus funcionários, no sentido de coagir o voto em favor de determinado candidato.
Os casos foram atendidos pela Procuradoria do Trabalho em Bauru (distante cerca de 100km de Marília). Em todo o interior de São Paulo, até o momento, foram recebidas 63 denúncias.
Em 2018, durante o período eleitoral foram apenas dez denúncias. O aumento na comparação com a eleição presidencial anterior é de 530%.
Não foram divulgadas quais empresas teriam praticado o assédio eleitoral, nem se seriam do comércio, indústria ou da área do ensino.
De acordo com o MPT, essa tentativa de coação pode aparecer por meio do uso de material de propaganda, pressão, reuniões ou ameaças, diretas ou indiretas, como afirmar que haverá cortes no caso da vitória de determinado candidato.
A 15ª Região compreende 599 municípios do interior de SP e litoral paulista. Denúncias também já foram registradas em municípios das regiões de Campinas, Presidente Prudente, Araraquara, Sorocaba, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.
“A orientação ao trabalhador que se sinta assediado ou coagido, é denunciar. Recomendamos que, se possível, produza alguma prova desse assédio, com vídeos ou troca de mensagens, e apresente junto com a denúncia”, informa o Ministério Público do Trabalho.
As denúncias podem ser apresentadas pelo site do MPT na 15ª Região.