Quase 14 mil marilienses vivem em situação de extrema pobreza
Marília possui 13.922 habitantes vivendo em extrema pobreza, ou seja, com menos de R$ 89 por mês, de acordo com dados do Cadastro Único, do Ministério da Cidadania, referentes ao mês de outubro deste ano.
Ao todo são 5.012 mil famílias em tal situação entre as 17,2 mil cadastradas no Cadastro Único, que permite acesso ao programa Bolsa Família.
Desde meados de 2012, quando os dados estão disponíveis para consulta, junho de 2014 foi o mês com mais lares em extrema pobreza na cidade, com 6,1 mil registros.
Já o menor patamar, segundo os dados do Governo Federal, foi dezembro de 2016, com 4,6 mil famílias com renda per capita mensal de R$ 89 ou menos.
No atual governo municipal o menor patamar da pobreza extrema foi alcançado em setembro de 2017, com 4,8 mil famílias em tal situação.
Neste ano, os dados de outubro – último mês com informações disponíveis – são os melhores registrados. No mesmo mês foram identificadas na cidade, por meio do Cadastro Único, 1.860 famílias em situação de pobreza e 4.307 classificadas como baixa renda.
Assistência
Em entrevista ao Marília Notícia, a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Wânia Lombardi, afirmou que a situação das famílias que vivem com menos de R$ 89 por mês é extremamente grave. A crise econômica e falta de emprego são fatores que ajudam a explicar a situação, de acordo com ela.
A pasta que Wânia dirige, diz ela, tem focado na capacitação para geração de renda nos casos dessas famílias, por meio dos Centros de Referência em Assistência Social (Cras) e do Centro Profissionalizante de Marília (Ceprom).
“Nossa proposta é dar capacitação e aumentar a auto-estima dessa população, para que ela não fique dependente do fornecimento de cestas-básicas. Temos uma equipe muito eficiente na identificação dessas famílias e que tem feito um trabalho enorme no encaminhamento delas”, comenta Wânia.
“Temos encaminhado muitas mulheres para a capacitação e vamos focar nos adolescentes também. Muitos dos que estão em situação de pobreza extrema têm pai ou mãe presos”, afirma a secretária.