Quadrilha acusada de chefiar tráfico tem liberdade negada
Uma quadrilha acusada de chefiar tráfico de drogas na zona Sul de Marília teve o pedido de liberdade negado pela Justiça.
Cinco réus estão envolvidos no processo desencadeado por uma grande operação da Polícia Civil na favela do Parque das Azaleias em abril deste ano (leia mais sobre a ação policial abaixo).
A Defensoria Pública havia solicitado um pedido de revogação da prisão preventiva de Anderson Rafael dos Santos, Guilherme Alex dos Santos, Maycon Vinicius dos Santos Ferreira, Renan Gomes de Carvalho e Thiago Teles Francisco.
Eles são acusados de associação criminosa e tráfico de entorpecentes. Parte da quadrilha já tem antecedentes criminais.
O juiz da 2ª Vara Criminal, Jose Augusto Franca Junior, rejeitou as argumentações da Defensoria Pública e indeferiu a solicitação alegando que os réus representam perigo à ordem pública.
Diante da denúncia do Ministério Público, o magistrado ainda indicou os cinco rapazes e também outros dois envolvidos, Flander Emílio Lopes de Oliveira e Guilherme Leite dos Santos, por associação criminosa e tráfico de entorpecentes.
A Justiça agendou a primeira audiência do caso para 25 de setembro no Fórum de Marília.
Operação
A operação que levou os envolvidos para a prisão foi realizada através de investigação da Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes (Dise). Investigadores identificaram o desempregado Flander Emílio Lopes de Oliveira, 20 anos, como chefe do grupo de criminosos no dia 20 de abril.
Operação da Polícia Civil contou com 45 investigadores e 15 viaturas para cumprimento dos mandatos de busca e apreensão. Durante a ação foi localizado na residência de Flander 540 porções de maconha, um veículo Hyundai e R$ 900 em dinheiro.
O líder da quadrilha é considerado um criminoso de alta periculosidade, pois quando ainda era adolescente, o acusado assassinou a tiros o autônomo Tarcisio Leite, 21 anos, em crime ocorrido em abril de 2017, no CDHU da zona Sul.
Durante buscas em outras residências, policiais civis localizaram mais R$ 5 mil e produtos para embalagem e tráfico de entorpecentes.