Protesto contra reforma da previdência suspende aulas
A maioria das escolas estaduais de Marília está sem aulas nesta terça-feira (3), devido a paralisação dos professores, em protesto contra a Reforma da Previdência dos servidores públicos do Estado. A previsão é que nesta quarta-feira a situação já seja normalizada.
Em São Paulo, durante votação tumultuada na Assembleia Legislativa, nesta manhã, o texto da reforma proposta pelo governador João Dória (PSDB) foi aprovado com os votos de 57 deputados. Houve quebra-quebra e confusão, com manifestantes feridos.
O Marília Notícia entrou em contato com 15 das 37 escolas do governo do estado instaladas na cidade. Apenas algumas que mantém ensino integral relataram normalidade.
Apesar da ausência dos professores, servidores administrativos compareceram ao trabalho normalmente. Portões ficaram abertos na maioria dos estabelecimentos.
“As escolas não fecharam. O problema é que tem poucos professores, então estamos juntando algumas salas. Aluno que veio, teve aula. Aqui pelo menos ninguém precisou voltar para casa”, disse uma funcionária, em uma das escolas ouvidas pelo site.
Outra categoria que também fez protesto em relação a reforma foram os servidores do Poder Judiciário. “Saíram lá fora e fizeram uma foto, hoje cedo, mas foi rapidinho. Uns dez minutos depois, estava todo mundo no posto de trabalho”, disse fonte do Fórum à reportagem do MN.
No sindicato dos professores de Marília, que também ficou apenas com funcionários administrativos nesta terça-feira – sindicalistas foram à Capital protestar – uma atendente disse que a previsão para esta quarta é “normalidade” nas escolas.
“A adesão foi grande sim. Teve até diretor de escola que fechou e aderiu à paralisação”, disse. Ela admitiu, porém, que as manifestações ficaram mais restritas aos profissionais do magistério, embora a reforma tenha impacto para todos os servidores públicos do Estado.
Idade mínima
No caso dos professores, que tiveram mantida a aposentadoria especial, a principal queda de braço foi para evitar o aumento da idade mínima.
Pelo texto aprovado, os professores terão que trabalhar até os 62 anos e as professoras até os 57. Antes, eles podiam se aposentar com 55 e elas com 50, ambos contribuindo por pelo menos 25 anos para a previdência.