Projeto esportivo gera inclusão social a crianças e adolescentes
Nem com o tatame, foi diferente. Foi juntado doações que eles conseguiram cada parte do equipamento essencial de proteção, que reveste o chão para os combates. Com dinheiro do próprio bolso à ajuda que chega aos poucos, o projeto social da equipe De Fight Jiu Jitsu Team se fortalece.
Um dos idealizadores, o calheiro Ademir de Jesus Pedro, de 40 anos, dedica entre três e quatro horas, por semana, para promover inclusão pelo esporte. É oportunidade para crianças e adolescentes.
A maioria deles vem da zona Norte, de bairros como Vila Barros, Vila Nova, Castelo Branco e Palmital. Mas o projeto, atualmente recebido em um anexo do Estádio Mineirão (acesso pela rua 16 de Setembro), não é restrito ao território.
Entre 20 e 30 alunos frequentam o projeto. Antes da pandemia, o grupo se reunia no Espaço Cultural, atualmente fechado, já sem condições de uso e à espera de reforma.
“Conseguimos este espaço, com o apoio da Prefeitura, mas temos que nos virar com material esportivo. Outra necessidade que temos é o custeio para participar de competições. Queremos levá-los para a região, mas fica muito caro. É uma luta muito grande”, afirma o professor.
Com Ademir, dedicam-se voluntariamente os professores Angelo Soares e Élcio Moreti, além de mais quatro instrutores, incluindo uma treinadora específica para as meninas. A inclusão é palavra de ordem.
A conquista de quimonos para o De Fight Jiu Jitsu Team está sendo feita “à prestação”. O grupo se organiza, faz vaquinha com quem pode doar e compra um conjunto por vez. Os mais dedicados, e que estão há mais tempo na equipe, têm mais chances de usar o traje esportivo.
“É muito triste você ver um atleta avançando no esporte sem os recursos básicos para continuar, para participar de eventos mais competitivos. Na semana passada, por exemplo, teve uma competição em Garça; não pudemos levar todos”, lamenta.
Parte da dificuldade, acredita Ademar, é pela falta de formalização do projeto, que ainda não tem cadastro de pessoa jurídica (CNPJ).
“Não era a intenção, montar uma associação ou um grupo formal. Mas provavelmente será o caminho, porque está crescendo muito. A população precisa desse tipo de ação social. Mas até que possamos nos formalizar – com CNPJ para ter acesso a mais recursos -, precisamos de ajuda”, afirma o calheiro.
DOAÇÕES
Para contribuir com a equipe De Fight Jiu Jitsu Team, voluntário pode fazer contato com o professor Ademir pelo telefone (14) 99738-1056 [clique aqui para iniciar uma conversa]. O projeto social se reúne às segundas, quartas e sextas-feiras, das 19h às 20h30, no Estádio Mineirão. O acesso é pela rua 16 de Setembro, próximo ao Tiro de Guerra.