Professores fecham BR-153 durante protesto
Professores da rede estadual de ensino realizaram um protesto nesta quarta-feira (29) pela manhã na Rodovia BR-153, saída para Ourinhos. Os representantes da educação estão em greve há 48 dias.
Os professores reivindicam 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior. O governo do estado diz ter dado reajuste de 45% no acumulado dos últimos quatro anos. Além disso, informa que parte da categoria receberá até 10,5% de aumento de acordo com desempenho em avaliação. Não houve proposta de reajuste geral para toda a categoria.
O sindicato alega que a Secretaria de Estado da Educação acenou com 10,5% de aumento para apenas 10 mil professores que se saíram bem em uma prova, ignorando outros 220 mil profissionais da rede.
Os professores também pedem melhores condições de trabalho. Segundo a categoria, mais de 3 mil salas de aula foram fechadas, o que provoca superlotação das salas de aula restantes. A garantia de direitos para docentes temporários também está entre as demandas dos grevistas.
Durante parte da manhã, os manifestantes fecharam os dois sentidos do trecho urbano da BR-153, complicando muito o trânsito nas proximidades. O protesto começou por volta das 11h e aproximadamente 120 pessoas estavam presentes segundo a organização.
Para o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), não há greve de professores no Estado. A declaração foi dada na última segunda-feira (27). Para o tucano, o que existe é uma ‘paralisação isolada’ fomentada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
“Na realidade não existe greve de professores. Na última sexta-feira, houve 96% da presença em sala de aula. A média de falta é de 3% e o que aumentou (de falta) foi de temporário. Na realidade a greve é da Apeoesp e da CUT”, afirmou Alckmin.