Professor da Unesp defende grupo de acadêmicos de direita
O professor de antropologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Marília, Laércio Fidelis, defendeu em entrevista ao jornal Folha de São Paulo a criação da associação Docentes pela Liberdade (DPL).
A criação do grupo, segundo o veículo de comunicação, seria uma reação de professores de direita ao desprezo e maus tratos por colegas de esquerda.
A articulação começou em espaços virtuais e resultou em um encontro marcado para esta quarta-feira (3) em Londrina (PR) e ao menos outras oito cidades para lançamento do movimento.
“Com o impulso dado pela eleição de Jair Bolsonaro (PSL)”, diz a Folha de São Paulo, os “professores formaram um bloco mais ou menos coeso (antipetista, liberal na economia)”.
Eles estariam “em busca de um espaço mais acolhedor para discutir e elaborar planos para aumentar sua influência sobre a universidade e, por que não, também sobre o governo”, conforme o periódico.
Ao jornal Laércio teria dito que os integrantes do DPL “se sentem bastante incomodados com a hegemonia ideológica de esquerda, principalmente nas áreas de humanas”.
Sua expectativa seria de que a entidade ajude a fomentar a diversidade de ideias nas universidades. Segundo a Folha, Laércio teria criticado o que seria uma “trindade maldita” que envolve estudos de raça, classe e gênero.
“Existe uma concentração grande de abordagens dentro desse espectro. É preciso restituir a finalidade última da universidade que é a produção de conhecimento, e não usar a academia como um braço político-ideológico”, disse o professor de Marília ao jornal.