Produção faz balanço do Festival Criativo – Velho Oeste
O Festival Criativo – edição Velho Oeste, realizado por marilienses entre os dias 22 e 27 de novembro, cumpriu a missão de gerar conexões entre empreendedores, artistas e produtoras. Foram abordados temas como música, tecnologia, agroecologia, cinema, esporte, teatro, dança e artes visuais, colocando toda a região em destaque.
A produtora Nosso Quintal é responsável pela concepção e organização do evento, com apoio da Sala 33, um cluster criativo composto por mais de cinco produtoras de diferentes segmentos.
Foram seis dias de programação, envolvendo entrevistas transmitidas gratuitamente na plataforma digital https://nonossoquintal.com.br/festivalcriativo/. Os vídeos seguem no ar, já que um dos objetivos é seguir inspirando outras pessoas.
O projeto recebeu apoio do Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, com aprovação do Proac LAB.
Inovando na maneira de compreender a cultura, os realizadores do Festival Criativo buscam a profissionalização como metodologia central e se propõem a agregar outros setores em uma espécie de guarda-chuva, que gera oportunidades.
NOSSO QUINTAL
“Levantar a bandeira da Economia Criativa, para nós da produtora Nosso Quintal, foi um desafio. Estivemos imersos para falar da trajetória de 19 pessoas ou projetos, de segmentos diversos, e mais de nove cidades”, dizem os sócios Brunno Alexandre e Ian Gigliotti.
“Esse processo nos trouxe um crescimento acelerado. Ao entrar em contato com modelos mais plurais, apesar dos nichos diferentes, o que percebemos em comum foi o desenvolvimento regional do Centro-Oeste Paulista”, explicam os produtores.
A dupla tem uma visão semelhante de cooperativismo e inovação e afirma que “mesmo com tantas limitações, o nosso Interior tem um potencial de crescimento gigantesco. O mercado não está saturado, como em grandes capitais. O nosso público é carente de conteúdo”.
“Temos que produzir novas obras para esses nichos, contar nossas histórias, estrear nossos filmes, apresentar nossas belezas naturais, gerar mais renda e construir ecossistemas criativos”, ressaltam.
Brunno e Ian também destacaram a comunicação descentralizada, que contou com o apoio dos próprios participantes, ampliando o alcance da programação. Outro ponto importante é que o Festival Criativo – Velho Oeste teve divulgação oficial pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
“Isso contribuiu para que o Velho Oeste pudesse adentrar novas porteiras e mostrar um pouco sobre como é desenvolvida a criatividade e a inovação dentro da esfera da cultura interiorana, que muitas vezes acaba sendo esquecida, pois estamos a algumas centenas de quilômetros da Capital. Isso muda totalmente o fluxo”, dizem os produtores.
ATRAÇÕES
Os produtores ressaltam alguns nomes que fizeram parte da programação, como Evandro Fióti e a Ana Carla Fonseca, “que foram referência para nós dentro deste processo todo”. Uma das preocupações foi promover um evento marcado pela diversidade.
“Ficamos muito contentes em poder transmitir um pouco dessa esperança de buscar novos produtos, refazer novos projetos, pensar na cidade, no campo, pensar nas possibilidades que são infinitas mesmo enfrentando as limitações locais”, comentam Brunno e Ian.
Entre os convidados de Marília estiveram Índio, João Gustavo, Havana, Sérgio Piva, Willian Marques e Bruno Magalhães.
A programação também contou com Guilherme Xavier, Márcio Blanca, Caio Cesaro, Diogo Natale, Julia Borges, Gustavo Redondo, Rede Trem Bão, Cassiano Tosta, Havana Martins, Bob 13, Leandro Faria e Fomenta Vale.