Procon de Marília apura aumento abusivo em preço de mercadorias
O Procon de Marília vai investigar o suposto aumento abusivo no preço de mercadorias em um supermercado localizado no Jardim Marajó, na zona Sul de Marília, após denúncia feita nas redes sociais e levada ao órgão vinculado à administração municipal.
Uma marilienses publicou no Facebook foto mostrando o leite longa vida sendo comercializado a R$ 4,29 o litro. De acordo com a mulher, uma semana atrás o valor praticado era R$ 2,19. Ou seja, o preço quase dobrou.
O coordenador do Procon local, Guilherme Moraes, disse ao Marília Notícia que também será apurada a ocorrência de publicidade enganosa, pois na etiqueta de precificação consta que se trata de uma oferta, mas aparentemente não se tem nenhum tipo de promoção – ao contrário.
Nos últimos dias a instituição de defesa do Direito do Consumidor recebeu centenas de reclamações e denúncias envolvendo diversos estabelecimentos comerciais, principalmente farmácias e supermercados.
Na maior parte dos casos, por conta de suposto aumento abusivo nos preços. Somente nesta segunda-feira (23), na parte da manhã, o Procon recebeu mais de 30 queixas. Guilherme garante que todas serão apuradas.
“A maior parte das reclamações que estamos recebendo tem a ver com aumento no preço cobrado por produtos de limpeza e assepsia, como álcool em gel. Nós recebemos a denúncia e emitimos uma notificação solicitando informações à empresa”, conta o coordenador.
Entre os documentos que devem ser entregues estão notas fiscais de compra e venda dos produtos sob suspeita desde o começo do ano passado.
“Se o comerciantes comprava a R$ 10 e vendia por R$ 20, ele tinha um lucro de R$ 10, o dobro. Se houve um aumento para ele, pois o distribuidor passou a cobrar R$ 15, ao consumidor teria de ser vendido por R$ 30, pela lógica”, exemplifica Guilherme.
“Mas se, hipoteticamente, o comerciante agora está pagando R$ 15 e vendendo por R$ 60, está havendo um aumento abusivo e a empresa pode ser autuada”, completa. “O produto pode ser caro, desde que não fique caro agora”.
As multas do Procon são fixadas após conclusão de processo administrativo e, a depender do tamanho da empresa, podem chegar a R$ 9 milhões.