Presidente da Câmara defende reabertura gradual do comércio
O presidente da Câmara Municipal de Marília, Marcos Rezende (PSD), publicou vídeo em uma rede social, na tarde dessa quarta-feira (25), em que sugere a criação de um comitê político e técnico para decidir sobre a liberação de atividades comerciais e evitar colapso na economia local.
“Há uma grande preocupação com o grupo de risco, que deve estar em isolamento, como pessoas de mais idade e nossas crianças. Mandá-las para a escola seria um risco muito grande”, advertiu Rezende.
Ele afirmou que a população recebeu “solavancos” nos últimos dias, mas entende que agora “chegou o momento de reavaliação”. Rezende disse que vai sugerir ao prefeito Daniel Alonso (PSDB) que, ao longo da semana, crie um comitê gestor envolvendo médicos e técnicos da Vigilância Epidemiológica.
“De repente temos a possibilidade de ‘verticalizar a decisão’. Isso, se houver a permissão de médicos, técnicos desse comitê gestor que o prefeito poderá criar, dando alternativas para que a cidade volte paulatinamente à sua vida normal”, disse o presidente da Câmara.
Quarentena
Está sob vigência em Marília, desde sábado (21), o decreto de calamidade pública assinado pelo prefeito Daniel Alonso, que estabelece restrições a maior parte das atividades comerciais, para evitar aglomerações e a transmissão do Covid-19.
A cidade – que não tem casos positivos confirmados – também é impactada pelo decreto de situação de emergência do governador João Dória (PSDB), que paralisou serviços públicos e as atividades comerciais, em âmbito estadual.
“Quem sabe esse encaminhamento de Marília possa ser um exemplo tanto para o Estado de São Paulo quanto para o país, evitando as aglomerações, festas, preservando nossos idosos e nossas crianças, mas sem comprometer a economia “, disse Rezende.
A assessoria de comunicação da Prefeitura de Marília foi procurada pelo Marília Notícia, após o vídeo de Rezende.
Por mensagem eletrônica, o diretor de comunicação, João Paulo dos Santos, informou que o prefeito mantém o alinhamento ao decreto do governador João Dória, embora torça para que o presidente da República, Jair Bolsonaro, esteja certo quanto aos riscos – minimizados – em relação ao Covid-19 no Brasil.