Presença de tubarões paralisa Mundial de Surfe
A terça-feira foi bastante agitada na etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, do Circuito Mundial de Surfe. Em um dia de brilho do brasileiro Gabriel Medina e do local Jordy Smith nas ondas, o evento precisou ser paralisado por causa da presença de tubarões em uma das baterias da quarta fase.
Smith, o brasileiro Filipe Toledo e o australiano Julian Wilson se enfrentavam quando foi emitido um alerta de que tubarões estavam se aproximando da área onde os surfistas competiam. A organização, então, mandou barcos e jet skis para á água. E com a confirmação da presença dos tubarões, optou por paralisar a bateria e também o evento, que passará por nova chamada nesta quarta-feira, quando será decidido pela sequência ou não da etapa sul-africana.
Esta, aliás, não foi a primeira vez que a presença de tubarões ocorre durante a competição em Jeffreys Bay. Em 2015, o próprio Smith e Mick Fanning se enfrentavam na final da etapa quando o australiano precisou se defender para evitar um ataque de tubarão. Desde então, a organização do campeonato vem apostando na tecnologia para evitar novos incidentes e evitar que os surfistas corram novos riscos.
Quando a bateria foi paralisada nesta terça-feira, a cerca de dez minutos do fim, Smith liderava com 11,67 pontos. Filipinho somava 10,43, enquanto Wilson estava com 8,80. A organização, porém, ainda vai definir se a disputa será retomada do momento onde foi paralisada ou do começo.
Antes, Smith já havia brilhado na terceira fase ao conseguir uma bateria perfeita, com duas notas 10, tendo superado o italiano Leonardo Fioravanti, com 16,17. Já Filipinho não havia precisado surfar nessa fase, pois o seu rival, o multicampeão Kelly Slater, deixou o evento com uma grave lesão.
Quem também se destacou nesta terça-feira foi Gabriel Medina, que conquistou duas vitórias para avançar às quartas de final em Jeffreys Bay. Primeiro, o brasileiro superou o australiano Bebe Durbidge por 15,83 a 12,87. Depois, fez ainda melhor, com duas notas acima de 9, para somar 18,74 e superar o francês Joan Duru, com 16,07, e Owen Wright, com 13,10.
Duru, aliás, foi o algoz de Adriano de Souza, o Mineirinho, na terceira fase, com 15,50 a 14,40. Nesta mesma fase, Caio Ibelli perdeu para o australiano Mick Fanning (14,24 a 12,67), Jadson André foi superado pelo havaiano John John Florence (18,27 a 9,94) e Italiano Ferreira caiu para Michael Bourez, da Polinésia Francesa (16,73 a 16,07).
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