Governo municipal vai pagar R$ 270 em exames e R$ 150 em testes rápidos
A Prefeitura de Marilia, que anunciou o investimento de R$ 2.115.000 para acelerar diagnóstico da Covid-19 na cidade, vai pagar R$ 270 em cada exame laboratorial e R$ 150 em cada teste rápido. A previsão é que os exames comecem a ser feitos na próxima semana.
O valor cobrado atualmente, em pedidos particulares, é R$ 300, portanto R$ 30 a mais que o negociado pela Prefeitura. O teste rápido não está disponível na cidade em nenhum serviço privado.
O termo aditivo foi assinado com o Hospital Beneficente Unimar (HBU), mas a execução do serviço será do Laboratório São Francisco, que é ligado à instituição. Os valores unitários foram confirmados ao Marília Notícia pelo secretário municipal da Saúde, Cássio Luiz Pinto Júnior.
O Termo Aditivo vai incorporar contrato que a Prefeitura já tem com o hospital. São 4,5 mil exames para identificar Covid-19 pelo método RT-PCR (sigla em inglês para transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase), ao custo total de R$ 1.215.000.
Esse tipo de exame detecta o material genérico (RNA) do vírus, por isso tem maior confiabilidade e é chamado “padrão ouro”. É o mesmo teste utilizado pelo Instituto Adolfo Lutz, referência em análise para controle epidemiológico no Estado de São Paulo.
A coleta de material é feita com uma espécie de cotonete na boca e nariz do paciente. O resultado, em geral, pode ser conhecido em até dois dias. O exame é feito em laboratório.
Teste rápido
Já o teste rápido, que pode exibir resultado em até 15 minutos, necessita de uma gota de sangue e assemelha-se aos exames de glicemia.
Esse método identifica respostas imunológicas ao vírus, por isso apresenta risco de “falso negativo”, devido a janela imunológica – tempo de incubação do vírus.
A vantagem, porém, é a agilidade. Por meio do termo aditivo com a Unimar, a Prefeitura de Marília esta adquirindo seis mil exames, por R$ 900 mil. Cada teste vai custar R$ 150.
Influenza
O secretário municipal da Saúde disse ao MN que, por motivo de economicidade, a Prefeitura de Marília também incluiu no contrato a aquisição de 4.000 exames laboratoriais para Influenza (vírus A, B, H1N1), no valor de R$ 70,00 cada.
O investimento total pode chegar a R$ 280 mil nessa modalidade. Para o secretário, Marília sai na frente, adquirindo serviços de análise também para diagnóstico de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), por outros vírus.
“A aquisição dos testes de H1N1 (Influenza), é porque os sintomas são semelhantes. De acordo com a indicação médica, alguns casos devem primeiramente ser testados para a Influenza, sendo negativo, testados para Covid-19”, relata o secretário da saúde.
Em situação de normalidade, explica Cássio, esses exames também seriam feitos no Instituto Adolfo Lutz. Porém, em situação de pandemia, não é possível contar com essa resposta, antes de tratar o caso com suspeito para Covid-19, sobretudo em caso de agravo.
A Prefeitura de Marília ainda espera receber mais 874 testes rápidos do Ministério da Saúde. O secretário também não informou quando o município deve receber os exames.
Em relação ao PCR e testes rápidos adquiridos, a previsão informada pelo laboratório contratado – por meio do HBU – é a chegada a Marília em 25 de abril. Segundo o secretário, a Vigilância Epidemiológica está trabalhando no protocolo para indicação dos testes na cidade.
“O que sabemos é que serão testadas pessoas mediante a indicação médica. Usaremos nossas unidades de saúde – atenção básica – como porta de entrada e não temos como testar toda a população, então serão testadas pessoas com sintomas e, mediante, indicação do médico, conforme esse protocolo que está sendo finalizado”, disse o secretário.