Manifestantes protestam na Prefeitura por animais
Parte de um grupo de manifestantes foi recebido na Prefeitura na tarde de segunda-feira (15) após um ato exigindo ações do município em prol dos animais de rua de Marília. O protesto reuniu representantes de ONGs e ativistas independentes em frente ao paço municipal.
Os protetores dos animais cobram a implementação de um política sobre o tema, promessa de campanha do prefeito Daniel Alonso (PSDB), e afirmam que diminuíram as castrações a baixo custo promovidas pela administração municipal em parceria com as entidade não governamentais.
Representantes dos manifestantes foram recebidos pelo chefe de gabinete Márcio Spósito, pela secretária municipal da Saúde Kátia Santana, pelo o procurador Alysson Souza e Silva e por técnicos da Saúde (Divisão de Zoonoses e Vigilância Epidemiológica).
De acordo com a administração municipal, os voluntários foram ouvidos pelos gestores e pontuaram questões que vão da castração e incentivo à posse responsável e também a necessidade de um local para permanência de animais abandonados para tratamento e doação.
“Os recursos da saúde, quando empregados na questão dos animais, têm um foco na preservação da vida humana. Por isso, no caso das castrações, por exemplo, vamos implementar esse ano 1,2 mil castrações a mais na cidade. Esses procedimentos, porém, só poderão ser feitos, pelo menos inicialmente, na região com maior risco de transmissão de leishmaniose”, explicou a secretária da Saúde.
De acordo com nota enviada pela assessoria de imprensa do Executivo municipal, a Prefeitura também não pode, com recursos da Saúde, investir em medicações ou ração, por exemplo.
Márcio Spósito, chefe de gabinete, ressaltou que o município está “comprometido com uma política de bem-estar animal e posse responsável, mas as ações são focadas na área de meio ambiente e política pública urbana”.
Licitação
“Vamos fazer uma licitação para contratar uma empresa que ficará responsável pela recolha, guarda, alimentação e doação de animais abandonados. É um compromisso nosso, mas tem que ser feito pela via legal, através de um processo licitatório”, destacou.
A enfermeira Luciana Stroppa, integrante da equipe da Vigilância Epidemiológica, explicou as medidas que estão sendo realizadas no controle ambiental, como a ação tríade na zona norte da cidade, área com maior número de casos em humanos.
São três frentes: educação em saúde junto à comunidade, manejo ambiental (limpeza) e inquérito canino, que consiste no exame dos cães da área e orientação aos moradores sobre os cuidados com os animais domésticos.