Prefeitura presta contas de recursos da Saúde na pandemia
A Secretaria Municipal da Saúde publicou um relatório sobre a destinação de R$ 41,8 milhões recebidos para gestão da pasta, especificamente para enfrentamento da pandemia (veja abaixo as tabelas).
A divulgação foi uma resposta – indireta – à provocação do ex-prefeito e deputado estadual Vinicius Camarinha (PSB), que afirmou ter denunciado falta de aplicação de recursos.
O relatório apresentado pelo município apontou que a maior parte dos gastos se refere a testagem para Covid-19, diárias de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e pagamento de pessoal. A Saúde também fez o repasse do auxílio financeiro emergencial para os hospitais.
Diretamente para a Saúde – sem contar as ações estratégicas de outras pastas, como Assistência Social e Cultura – o município recebeu R$ 37,4 milhões em repasses federais para administrar a crise sanitária.
Foram mais R$ 4,3 milhões em convênios do Governo do Estado e R$ 77 mil doados pelo Poder Judiciário do Estado de São Paulo.
A maior despesa foi com testagem: R$ 7.439.550 (equivalente a 22,45% dos gastos), segundo o relatório da secretaria da Saúde.
O segundo maior bloco de gastos foi com a folha de pagamento dos servidores, que utilizou R$ 6.879.520,35, ou seja, 20,76% dos recursos.
A administração municipal defendeu que o uso dos recursos em salários desonerou os cofres municipais – impactado pela crise econômica – permitindo compra de equipamentos para Saúde e reforço nas ações de Atenção Básica.
As diárias hospitalares formam a terceira maior fatia nas despesas, com total de R$ 6,4 milhões, incluindo R$ 4,8 milhões para pagar diárias de UTI após habilitação, R$ 1.017.356,80 para leitos de UTI antes da habilitação do Ministério da Saúde, e R$ 644,7 mil em diárias de leitos clínicos e procedimentos complementares.