Prefeitura pode gastar mais R$ 232 mil com painel de LED em estádio
A Prefeitura de Marília homologou a licitação para a compra de um painel de LED que será instalado no estádio municipal Bento de Abreu Sampaio Vidal, o ‘Abreuzão’, palco das partidas do Marília Atlético Clube (MAC). Com média de apenas 1.416 torcedores por partida em 2023, o novo equipamento para marcar o placar das partidas custará R$ 232 mil aos cofres municipais.
A empresa Silk Brindes Comunicação Visual, Comércio, Serviços e Telecomunicações Ltda. foi a vencedora da disputa, ao oferecer o menor valor, no total de R$ 232.900,00. O primeiro lance da empresa foi de R$ 1,2 milhão, mas as concorrentes foram dando lances e diminuindo os valores, até chegar ao patamar mínimo dado pela Silk.
O prazo para aquisição do equipamento é de 12 meses. Apesar do período de um ano fixado para que a Administração Municipal possa comprar o painel, o contrato foi assinado dentro de cinco dias para garantir a classificação da empresa vencedora. Caso contrário, a segunda classificada teria de assumir o objeto da licitação, o que não ocorreu, de acordo com o Portal Oficial de editais da Prefeitura.
Quando o Executivo efetuar, de fato, a compra do equipamento, a empresa terá dois meses para realizar a implementação, a partir da emissão da ordem de serviço.
PÚBLICO AUSENTE E PREJUÍZO
Apesar dos valores gastos com o estádio, inclusive com a substituição do gramado do ‘Abreuzão’, fixado em R$ 4,3 milhões, o público tem sido pequeno para acompanhar o Tigrão.
O local já teve capacidade para receber 19.800 pessoas, de acordo com dados de 2015. O último documento divulgado através do Cadastro Nacional de Estádios de Futebol (CNEF), de 2016, estima pouco mais de 15 mil lugares.
Neste ano, por três competições oficiais, o time principal do Marília Atlético Clube jogou 18 vezes em casa, com oito vitórias, quatro empates e seis derrotas.
O ‘Abreuzão’ recebeu, no total, 25.493 torcedores, com média de 1.416 pessoas por partida. Na soma de todos os 18 jogos que fez em casa, o MAC faturou R$ 252.800,00, com média de R$ 14.044,44 por jogo.
Os valores recebidos foram insuficientes para gerar lucro ao time, que acumulou prejuízos ao longo desse ano, apresentando despesas no total de R$ 275.853,39 e média de R$ 15.325,19 por partida.
Dessa forma, subtraindo o lucro de R$ 252,8 mil ao valor total de despesa, de R$ 275,8 mil, chega-se ao prejuízo total de R$ 23.053,39, ou uma média de R$ 1.280,74 por confronto, com a falta de torcida.
NO LUCRO?
O maior público do ano foi na derrota por 3 a 0 para o Brusque-SC pela Copa do Brasil. O ‘Abreuzão’ recebeu 4.113 torcedores, para uma renda de R$ 68,8 mil e lucro de R$ 11 mil. Das 18 partidas do ano jogando em seus domínios, 13 confrontos renderam prejuízo financeiro para o clube, que só teve lucro em cinco partidas.
Além do jogo contra o Brusque, o MAC teve lucro de R$ 11 mil na derrota de 2 a 1 para o São Bernardo, R$ 3,5 mil na derrota para o Capivariano por 1 a 0, R$ 7,7 mil na derrota por 5 a 2 para o Noroeste e R$ 796,83 quando foi derrotado pelo São José por 2 a 1.