Prefeitura lança Operação Cidade Limpa; veja programação da coleta
O prefeito Daniel Alonso (PSDB), acompanhado dos secretários municipais Ricardo Mustafá (Saúde) e Vanderlei Dolce (Meio Ambiente e Limpeza Pública) lançou hoje o Mutirão de Limpeza – “Operação Cidade Limpa” em Marília. A coleta começa no dia 25 (segunda-feira) e vai até o dia 06 de dezembro.
Moradores terão a oportunidade de colocar na frente das casas móveis que não usam mais, latas, garrafas, pneus, objetos inservíveis em geral e, principalmente, todo tipo de recipiente que possa acumular água. São serão recolhidos galhos e restos de construção.
Serão duas semanas de intensa mobilização, envolvendo cerca de 20 caminhões e mais de 120 pessoas. A coleta vai abranger todos os bairros da cidade, centro e distritos, conforme programação divulgada.
O lançamento teve a participação de supervisores de saúde, agentes de controle de endemias, servidores da Secretaria Municipal de Limpeza Pública e Meio Ambiente, entre outros colaboradores da Prefeitura Municipal.
O prefeito Daniel Alonso destacou a importância da força-tarefa, sobretudo quando o protocolo de controle no Brasil está em fase de mudança.
“A população, quando pensa em controle da dengue, logo pensa no ‘fumacê’, aquele método de controle com inseticida. O problema é que o Ministério da Saúde não vai mais fornecer o produto e as prefeituras também não podem fazer a compra. Estão impedidas porque pesquisas feitas pelo próprio Ministério apontam que esse tipo de método está ultrapassado”, disse Daniel.
O problema verificado pelos pesquisadores é que produtos como o Malathion ou similares têm eficácia apenas para eliminar os alados (mosquitos adultos) que estão voando nas ruas e calçadas, uma vez que a população costuma fechar as casas para se proteger.
“Não mata larva, não elimina criadouros, ou seja, veneno não resolve o principal problema. Quem elimina criadouros são as pessoas. E cada um tem que cuidar do seu espaço, sob orientação e ajuda do Poder Público. Para acabar com a dengue, a zika, a chikungunya, a leishmaniose, os escorpiões em área urbana temos que trabalhar juntos”, disse Daniel.
O médico veterinário Lupércio Garrido Neto, presente ao lançamento, destacou que será o primeiro ano (ainda sob a ameaça de epidemias do vírus tipo II nas cidades paulistas) que o inseticida deixará de ser oficialmente fornecido. A expectativa é que o controle manual e a guerra da informação contenham a transmissão das doenças.
SUSTENTABILIDADE
Daniel lembrou ainda que, durante os 15 dias (incluindo um sábado), haverá esforço concentrado das equipes da Saúde e da Limpeza Pública e Meio Ambiente, que atuarão na divulgação, mapeamento das regiões, logística, coleta dos resíduos e destinação adequada.
O secretário Vanderlei Dolce (limpeza e meio ambiente) destacou que não serão recolhidos restos de podas de árvores, entulhos de construção e lixo orgânico. Grande parte do material coletado será reciclado.
MAIS SAÚDE
Para o secretário municipal da Saúde, iniciativas como o Mutirão de Limpeza – Operação Cidade Limpa, favorecem o controle de vetores e também outras pragas urbanas, comuns principalmente na estação mais quente e úmida do ano.
Embora não tenha a proposta de coletar orgânicos, a campanha favorece a limpeza em geral, ajudando a inibir o mosquito palha (transmissor da leishmaniose).
“Sabemos que muitas pessoas guardam móveis velhos, objetos amontoados e coisas que podem servir de esconderijo para pragas urbanas como baratas, ratos, aranhas e até escorpiões. Então, quando fazemos uma campanha como essa, estamos favorecendo a prevenção de vários problemas”, disse o secretário da Saúde de Marília.