Prefeitura fracassa em manter ruas livres de buracos até na estiagem
Apesar do anúncio de programas, recursos adicionais e contratos entre a Prefeitura e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Marília (Codemar), os buracos pela cidade ainda são um problema recorrente e geram prejuízos para motoristas e pedestres. A gestão Daniel Alonso (PSDB) ainda não entregou tudo que prometeu, em relação às condições das vias urbanas.
O período de estiagem e aumento dos gastos não permitiu que a cidade resolvesse o problema nem nos bairros centrais e vias de grande movimento. Nas periferias, a situação é ainda mais complicada e o abandono é histórico.
Na rua Santa Helena, uma das principais da zona leste, um buraco próximo ao número 1.425 tem provocado insegurança. A depressão no asfalto tem sido tapada com terra pelos próprios moradores.
“Vem sempre um morador aí com uma caminhonete e joga terra. É uma vergonha, esse abandono em uma via tão movimentada”, comentou o funcionário de uma empresa em frente ao problema.
O bairro Cascata, um dos mais antigos da cidade, convive com várias ruas com asfalto precário. Na rua Navarro de Andrade, que liga a Santa Helena à Brigadeiro Eduardo Gomes, buracos bem no meio da via obrigam motoristas e motocicletas a fazerem manobras perigosas.
A mesma situação na avenida São Vicente, já no cruzamento com a Nove de Julho. O buraco na esquina surpreende quem converge à rua secundária e segundo relato de transeuntes, já provocou acidentes.
“Eu ando de moto e sempre preciso passar por aqui por causa do trabalho. Em volta do buraco tem muita pedrinha solta. Um rapaz derrapou a bicicleta aqui e foi parar debaixo de uma caminhonete. Foi por Deus que não se machucou”, relatou o entregador Paulo César Casaroti.
Outra região tradicional da cidade, o Fragata também tem várias ruas esburacadas. Até a avenida Monte Carmelo, que dá acesso ao Fórum, Hemocentro, Faculdade de Medicina de Marília e Hospital das Clínicas está esburacada.
No quarteirão entre as ruas Paulino da Silva Lavandeira e Antônio Augusto Neto, dois buracos, praticamente um em cima do outro, exige redução drástica de velocidade e impedem manobra de desvio.
Com as chuvas, o risco de aumento nos buracos é maior. Na rua Orlando Riguetti, região do bairro Fragata, o asfalto no entorno com aspecto recente está bem conservado, mas um buraco avança no centro da via.
Com a chuva deste final de semana, o local virou uma verdadeira armadilha. Situação semelhante na rua Rio Grande do Sul, com o agravante de ser mão dupla, onde carros e motos disputam espaço, deixando motoristas ainda mais vulneráveis.
Indenização
Manter as vias em condições seguras é obrigação legal do Poder Público e está previsto no artigo 1º do Código de Trânsito Brasileiro.
O parágrafo 3º determina que “os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro”.
Outro lado
O Marília Notícia procurou a Prefeitura de Marília para questionar o excesso de buracos na cidade. Em nota, o Poder Público informou que as ruas referidas na reportagem foram incluídas na operação tapa-buracos e em breve serão reparadas.