Prefeitura de Marília finalmente abre licitação para ecopontos
Marília atualmente não possui sequer um ecoponto, situação denunciada pelo Marília Notícia desde o começo do ano passado. A situação faz com que pontos de descarte irregular e até mesmo lixões a céu aberto sejam registrados no município.
Depois de muita cobrança, finalmente a Prefeitura abriu quatro editais para a implementação dos dispositivos que servem para depósito provisório de materiais inservíveis, principalmente volumosos.
Apesar de só abrir agora o procedimento para instalar os primeiros ecopontos na cidade, em 2017 a administração municipal já havia sinalizado que pretendia colocá-los em funcionamento até o fim do ano, o que não aconteceu.
A abertura de tomada de preço foi publicada ontem (31) no Diário Oficial. “É necessária [a instalação de ecopontos], pois atualmente na cidade, diversos resíduos sólidos estão sendo eliminados em locais inapropriados”, diz a justificativa.
“A instalação de um local que possa comportar o armazenamento e a correta destinação destes materiais faz-se mais do que necessário e urgente, objetivando preservar o meio ambiente e proteger a saúde pública”, consta no documento.
A assinatura é do secretário municipal do Meio Ambiente e de Limpeza Pública, Vanderlei Dolce, que pretende facilitar “a implantação da coleta seletiva no município”. “Evitando também os problemas decorrentes do descarte irregular de resíduos sólidos e entulhos em nossas praças, calçadas e vias públicas”.
Os dispositivos agora estão previstos para ficarem na na Rua Alcides Caliman, bairro Teruel; Rua Aristides Manzon, Bairro Professor José Augusto da Silva Ribeiro; Rua Joaquim Dias, no Nova Marília; e Rua Ana Cláudia Lourenço, no Jardim Sancho Floro.
Promessas passadas
Os Ecopontos em Marília já foram prometidos e nunca entregues. Em outubro de 2015 a gestão municipal passada chegou a assinar uma ordem de serviço para a construção dessas localidades no município.
A Astolfi Construtora, de São Paulo, foi vencedora dos processos de licitação para a construção desses espaços com recursos repassados ao município por meio de verba parlamentar do então deputado estadual Alex Manente (PPS).
Os bairros que receberiam os dispositivos seriam: Santa Antonieta e Prolongamento Palmital (ambos na zona Norte); Comerciários II (zona Oeste); e Nova Marília (na zona Sul).
Na época, o secretário municipal de Obras Antonio Carlos Nasraui, conhecido como Ninho, disse que os Ecopontos estariam prontos nos primeiros meses de 2016, um ano atrás.
Segundo ele, locais inapropriados e problemas na licitação seriam as explicações.
“Tinham quatro Ecopontos [previstos]. O valor que foi para licitar foi menor do que o [valor] que veio [via emenda parlamentar]. Depois da licitação feita, os locais escolhidos eram impróprios, como próximo de escolas”, disse Ninho, que não soube dar detalhes sobre os valores. Ele foi ouvido pelo MN no ano passado.
Sobre os recursos, o ex-chefe da pasta não soube dizer se foram perdidos ou se ainda estavam disponíveis. “Acho que dá para fazer ainda, mas tem que escolher bem o lugar, pois sempre tem reação da população”, comentou.