Prefeitura e PM interrompem festa para mais de 300 pessoas
Uma festa clandestina, que reuniria entre 300 e 400 pessoas, segundo a denúncia, foi interrompida na madrugada deste domingo (10) durante fiscalização da Vigilância Sanitária e Divisão de Posturas da Prefeitura de Marília, com apoio da Polícia Militar.
A aglomeração aconteceu horas depois da Secretaria Municipal da Saúde comunicar a necessidade de transferir, para hospital da região, paciente de 46 anos que está com Covid-19 e ficou sem leito de UTI na cidade. Na noite de ontem, todos os 56 leitos de terapia intensiva, em três hospitais, estavam ocupados. No mesmo dia, o número de internados em enfermaria bateu recorde.
O evento não autorizado acontecia na zona Sul da cidade. Desde março, quando teve início da crise sanitária, festas, shows e eventos com a presença do público estão proibidos.
“Com muita dificuldade conseguimos identificar o local que sempre é revelado minutos antes do início e monitoramos os preparativos durante a tarde toda”, disse o supervisor da Vigilância Sanitária, Luciano Rocha Villela.
“Acionamos a Polícia Militar, que prontamente nos apoiou disponibilizando escolta com seis viaturas para acompanhar a fiscalização”, declarou.
No local, os fiscais e autoridades sanitárias encontraram centenas de pessoas. Havia muita bebida alcoólica e ninguém usava máscara e nem respeitava nenhum tipo de distanciamento.
Os responsáveis pelo evento, entre eles, uma estudante de Direito do quarto ano, foram chamados e informados sobre o impedimento para eventos. O público se dispersou rapidamente.
“É uma pena, mas chegamos no limite no tocante à fiscalização. A partir de agora será tolerância zero. Com o apoio da Polícia Militar, vamos fazer cumprir as regras para evitar o aumento do número de casos Covid positivos na cidade”, disse Juliano Battaglia, chefe da Fiscalização de Posturas.
Foi registrado um Boletim de Ocorrência no Plantão da Polícia Civil, no qual foram anotados os nomes dos responsáveis pelo evento. Eles poderão responder por violação ao artigo 268 do Código Penal, que define crime contra a Saúde Pública. O caso será encaminhado à Justiça.
O supervisor da Vigilância Sanitária pediu a colaboração da população. “A conscientização nesse momento importante de aumento do número de casos e ocupação total dos leitos em unidade de terapia intensiva nos hospitais da cidade, em evitar aglomeração de pessoas e seguir as recomendações básicas para o enfrentamento da pandemia”, disse.
Denúncias anônimas de festas clandestinas e aglomerações de pessoas podem ser realizadas na Ouvidoria Geral do Município pelo telefone 0800-7766-111, mensagens de WhatsApp pelo 14-99799-6361 ou e-mail [email protected].
Denúncias também podem ser feitas diretamente à Polícia Militar, pelo 190. Veja o vídeo abaixo, borrado propositalmente para preservar a identidade do público.