Prefeitura deve estabelecer regras próprias para bares em Marília
A Prefeitura de Marília vai tolerar o funcionamento de bares mesmo durante a vigência da fase laranja do Plano São Paulo. A condição é que os estabelecimentos sigam regras como distanciamento, ocupação reduzida a 40% da capacidade normal, oferta de álcool em gel e uso de máscaras pelos funcionários.
Na última sexta-feira (8) o Governo do Estado anunciou mudanças nas regras do plano. Até então, a fase laranja proibia o atendimento presencial em bares e restaurantes. A regra, no entanto, foi alterada e apenas os bares passaram a ter o funcionamento vedado.
Fontes da administração municipal afirmaram ao Marília Notícia que na prática não é fácil fazer uma classificação objetiva dos estabelecimentos, separando-os entre bares e restaurantes.
Em reunião com empresários do ramo, representantes do município informaram que não haverá essa diferenciação.
Regras
Em bares e restaurantes em que há música ao vivo, será tolerado apenas um único artista solo com seu instrumento. Festas e boates seguem proibidas, assim como apresentação de bandas. Mesas devem ter espaçamento de um metro e meio.
A promessa é de uma fiscalização mais intensa, com aplicação de multa e lacração em caso de reincidência no descumprimento do ‘pacto’ firmado com o setor.
Também foi anunciado que esses tipos de estabelecimentos deverão estar com as portas totalmente fechadas até 23h. Após as 22h, porém, já deve ocorrer encerramento do atendimento aos clientes e as comandas devem ser fechadas.
Tais medidas contrariam o que está disposto no Plano São Paulo. A norma estadual prevê o fechamento de serviços não essenciais até às 20h na fase laranja – além de impor expressamente o fechamento de bares.
Decreto municipal, que irá disciplinar as regras para Marília, está previsto para ser publicado entre hoje e amanhã. Um anúncio oficial será feito após reunião do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus nesta terça-feira (12).
A intenção do governo municipal é impedir mais prejuízos para esses empresários, bem como evitar demissões. Trata-se de um dos ramos mais prejudicados pelas restrições impostas pelo combate à pandemia.
Ao mesmo tempo a cidade vive uma situação caótica em relação à estrutura de saúde, com leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em colapso – ou seja, com lotação máxima – e pacientes de Marília sendo levados para outros municípios.
Vale lembrar que a equipe do governador João Doria prometeu publicamente retaliar os municípios que não seguirem as normas estaduais.