Prefeitura dá início às visitações à obra de tratamento de esgoto
A Prefeitura de Marília deu início na manhã desta terça-feira, dia 24, às visitações à obra de tratamento de esgoto. A primeira visita aconteceu na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) na bacia do Pombo e contou com 35 pessoas entre professores de Emefs (Escolas Municipais de Ensino Fundamental) e coordenadores.
A visita foi acompanhada pelos secretários municipais Wania Lombardi (Assistência e Desenvolvimento Social) e Prof. Helter Bochi (Educação); pela responsável técnica do Projeto Social da ETE, Mônica de Vasconcelos; pelo engenheiro da Replan, Adalberto Valente; e pela equipe do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), formada pela coordenadora do projeto, Cássia Monteiro; pelo docente João Francisco Bertolotti; e Andreza Cornélio de Rossi, do apoio técnico de coordenação.
No total serão 90 professores que estarão participando da visitação, sendo que todos fizeram o curso de capacitação Educação Socioambiental – benefícios do tratamento do esgoto para a saúde e qualidade de vida da população – no Senac, recebendo inclusive o certificado durante a visita.
Nesta quarta-feira, dia 25, mais duas turmas de professores estarão visitando a ETE do Pombo, sendo uma turma pela manhã (às 9h) e outra à tarde (às 14h).
O objetivo da visita é apresentar aos professores e coordenadores a obra do esgoto, que se tornou realidade em Marília na gestão do prefeito Daniel Alonso – as bacias do Pombo e do Barbosa já estão concluídas, representando 70% do esgoto do município -; enquanto a bacia do Palmital terá a ordem de serviço dada em breve pelo prefeito Daniel Alonso. A previsão é que até o final de 2020 Marília tenha 100% do seu esgoto tratado.
José Carlos da Silva, professor da Emef Paulo Freire, destacou a importância da obra. “Era uma obra extremamente necessária. Tenho ciência o quanto a natureza sofre com o esgoto de Marília. Espero que a obra atenda toda a demanda da cidade. A obra está bem apresentável e acredito que em breve estará funcionando a todo vapor. Já venho trabalhando a importância dessa obra com os alunos em sala de aula e espero em breve poder trazê-los aqui para que conheçam o funcionamento.”
Já a professora Elaine Siqueira de Castro Scombatti, da Emef Edméa Sola, disse que a visita à ETE da bacia do Pombo foi importante. “Ainda não conhecia a obra e nem imaginava como é o funcionamento. Aqui a percepção que a gente tem é outra, completamente diferente. Para nós foi muito importante conhecer para podermos repassar aos alunos, pois vivenciamos todas as etapas de funcionamento da estação de tratamento.
AS BACIAS
A bacia do Pombo vai receber 209 litros por segundo e atenderá uma população de 47 mil pessoas das zonas Oeste e Norte. Já a Bacia do Barbosa atenderá 85 mil pessoas do Centro e Zona Sul com 231 litros por segundo de esgoto.
Já a bacia do Palmital, que será construída nas proximidades do distrito de Dirceu, vai atender uma população de 109 mil pessoas das zonas Leste e Norte. A nova bacia vai receber por segundo cerca de 270 litros de esgoto e será responsável por tratar os outros 30% do esgoto da cidade.
COMO FUNCIONA A ETE
O funcionamento da ETE é dividido em sete etapas:
1. Gradeamento – O esgoto que vem das residências contém em média 1% de matéria orgânica e 99% de água. A primeira etapa do tratamento é a retenção de materiais grosseiros, como lixo, em um sistema formado por grades.
2. Desarenação – Na caixa de areia mecanizada, é feita a remoção dos sólidos presentes no esgoto, como areia, pedras, e detritos sólidos de pequeno tamanho, que passaram pelo gradeamento.
3. Geração de Ar Difuso – Três geradores de ar difuso importados produzem o ar que será injetado nas lagoas de aeração, em alta pressão. O sistema é considerado rápido e eficiente, pois potencializa a proliferação de microrganismos que consumirão a matéria orgânica do esgoto, acelerando o processo biológico devido à utilização do ar difuso. O ar pode atingir uma alta temperatura que pode chegar a 100 graus.
4. Lagoas de Aeração – Já sem sólidos visíveis, o esgoto é enviado para o tratamento biológico na lagoa de Aeração. Lá, ele é exposto à ação de microrganismos que promovem a degradação do esgoto e condensam em flocos, a matéria orgânica, que até então estava dissolvida no esgoto. Nesta etapa são feitas verificações das características do esgoto para adequação do processo de tratamento, tais como a quantidade de ar para a flotação das partículas e a separação da água dos flocos resultante desta primeira etapa de tratamento.
5. Lagoas de Decantação – Após o tratamento biológico, o líquido resultante do processo é submetido a um processo de decantação. Os flocos formados vão para o fundo das lagoas, separando-se da parte líquida, que já está livre de impurezas. No fundo estes flocos se juntam a outros, formando o lodo.
6. Leito de Secagem – O lodo produzido durante o processo de decantação será retirado do fundo das lagoas, desidratado, colocado para secar no leito de secagem e posteriormente será transportado para um aterro sanitário especializado. O material após seco pode ser utilizado em diversas aplicações, desde a construção civil, adubo ou ser descartado em aterro sanitário sem provocar danos ao meio ambiente.
7. Devolução do Esgoto Tratado ao Meio Ambiente – O esgoto tratado é devolvido ao meio ambiente com aproximadamente 99% de pureza. Apesar de não ser potável, a água resultante do processo pode ser utilizada como água de reuso para lavagem de vias e praças públicas, irrigação, ou devolvida aos rios e córregos, sem poluir o meio ambiente, pois seu tratamento possibilita esse retorno à natureza sem nenhum tipo de degradação ou dano ambiental.