Prefeitura dá início à visita de alunos à obra da ETE da bacia do Pombo

Nesta sexta-feira à tarde aproximadamente 40 alunos da Escola Estadual Jardim Santa Antonieta abriram a 2ª etapa de visitações. (Foto: Mauro Abreu)

A Prefeitura de Marília começou nesta sexta-feira (18) à tarde a 2ª etapa de visitações à obra da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) na bacia do Pombo e contou com aproximadamente 40 alunos da Escola Estadual Jardim Santa Antonieta, que fica na rua Leonor Mazali, 11, no bairro Santa Antonieta, zona norte da cidade – a 1ª etapa de visitações levou 90 professores da rede municipal ao local.

Na visita desta sexta-feira, os alunos foram acompanhados pelos professores Mateus Beraldo e Silvana Fernandes Altero. Antes de irem à ETE da bacia do Pombo, o grupo esteve no auditório do 2º andar do Paço Municipal, onde recebeu todas as orientações técnicas sobre a visita, bem como puderam assistir a vídeos demonstrativos sobre a chamada obra do século.

(Foto: Mauro Abreu)

Já no local da prova, na zona oeste da cidade, professores e alunos foram recepcionados pela primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade do Município, Selma Regina Mazuqueli Alonso; pela assessora do Fundo Social, Maria Angélica Monici; pela secretária-adjunta de Assistência e Desenvolvimento Social, Zileide dos Santos Bernardo; e pelo engenheiro da Replan, Adalberto Valente, que coordenou toda a obra na bacia do Pombo.

O grupo da escola Jardim Santa Antonieta percorreu toda a obra, tendo todas as informações sobre o funcionamento da estação. “Foi uma visita muito importante, pois tivemos a dimensão dessa obra tão importante para a cidade de Marília e, principalmente para o meio ambiente. Os alunos ficaram muito satisfeitos e certamente entenderam a importância para uma cidade ter o seu esgoto tratado”, afirmaram os professores Mateus e Silvana.

(Foto: Mauro Abreu)

A primeira-dama Regina Alonso disse estar satisfeita com a oportunidade de um grupo de alunos ter acesso à obra. “Num primeiro momento a obra foi apresentada aos professores da rede municipal e, a partir desta 2ª etapa, iremos trazer também os alunos para que comprovem in loco a grandiosidade e importância da obra de tratamento de esgoto. Era um sonho da população de Marília ter o esgoto tratado e agora se tornou realidade. Até o final do próximo ano a nossa cidade terá 100% do seu esgoto tratado.”

MAIS VISITAS

Outras seis visitas à obra da ETE do Pombo estão agendadas. No próximo dia 29 de outubro, às 8h30 e às 11h30, 60 alunos da Emef Edméa Sola estarão no local. Dia 1º de novembro, no período da manhã, mais 30 alunos da Emef Edméa Sola. Dia 4 de novembro, também de manhã, será a vez de 30 atiradores do Tiro de Guerra conhecerem o local. No dia 6 de novembro, período da manhã, a visita está agendada para 30 alunos do Ceeja (Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos). Para 8 de novembro, também de manhã, outros 30 atiradores do Tiro de Guerra farão a visita. E dia 12 de novembro mais 30 atiradores do TG estarão no local. Outras visitas serão marcadas para os meses de novembro e dezembro.

(Foto: Mauro Abreu)

AS BACIAS

A bacia do Pombo recebe 209 litros por segundo e atende uma população de 47 mil pessoas das zonas Oeste e Norte. Já a Bacia do Barbosa atenderá 85 mil pessoas do Centro e Zona Sul com 231 litros por segundo de esgoto.

Já a bacia do Palmital, que será construída nas proximidades do distrito de Dirceu, vai atender uma população de 109 mil pessoas das zonas Leste e Norte. A nova bacia vai receber por segundo cerca de 270 litros de esgoto e será responsável por tratar os outros 30% do esgoto da cidade.

(Foto: Mauro Abreu)

COMO FUNCIONA A ETE

O funcionamento da ETE é dividido em sete etapas:

1. Gradeamento – O esgoto que vem das residências contém em média 1% de matéria orgânica e 99% de água. A primeira etapa do tratamento é a retenção de materiais grosseiros, como lixo, em um sistema formado por grades.

2. Desarenação – Na caixa de areia mecanizada, é feita a remoção dos sólidos presentes no esgoto, como areia, pedras, e detritos sólidos de pequeno tamanho, que passaram pelo gradeamento.

3. Geração de Ar Difuso – Três geradores de ar difuso importados produzem o ar que será injetado nas lagoas de aeração, em alta pressão. O sistema é considerado rápido e eficiente, pois potencializa a proliferação de microrganismos que consumirão a matéria orgânica do esgoto, acelerando o processo biológico devido à utilização do ar difuso. O ar pode atingir uma alta temperatura que pode chegar a 100 graus.

4. Lagoas de Aeração – Já sem sólidos visíveis, o esgoto é enviado para o tratamento biológico na lagoa de Aeração. Lá, ele é exposto à ação de microrganismos que promovem a degradação do esgoto e condensam em flocos, a matéria orgânica, que até então estava dissolvida no esgoto. Nesta etapa são feitas verificações das características do esgoto para adequação do processo de tratamento, tais como a quantidade de ar para a flotação das partículas e a separação da água dos flocos resultante desta primeira etapa de tratamento.

5. Lagoas de Decantação – Após o tratamento biológico, o líquido resultante do processo é submetido a um processo de decantação. Os flocos formados vão para o fundo das lagoas, separando-se da parte líquida, que já está livre de impurezas. No fundo estes flocos se juntam a outros, formando o lodo.

6. Leito de Secagem – O lodo produzido durante o processo de decantação será retirado do fundo das lagoas, desidratado, colocado para secar no leito de secagem e posteriormente será transportado para um aterro sanitário especializado. O material após seco pode ser utilizado em diversas aplicações, desde a construção civil, adubo ou ser descartado em aterro sanitário sem provocar danos ao meio ambiente.

7. Devolução do Esgoto Tratado ao Meio Ambiente – O esgoto tratado é devolvido ao meio ambiente com aproximadamente 99% de pureza. Apesar de não ser potável, a água resultante do processo pode ser utilizada como água de reuso para lavagem de vias e praças públicas, irrigação, ou devolvida aos rios e córregos, sem poluir o meio ambiente, pois seu tratamento possibilita esse retorno à natureza sem nenhum tipo de degradação ou dano ambiental.