Prefeitura compra testes e faz convênio com laboratório
A Prefeitura de Marília anunciou nesta quarta-feira (1), medidas para acelerar a obtenção de resultados sobre casos suspeitos da Covid-19 na cidade. Houve compra de testes rápidos e foi assinado um convênio com laboratório local após aval do governo estadual.
Até agora os exames do Sistema Único de Saúde (SUS) vinham sendo encaminhados exclusivamente ao Instituto Adolfo Lutz, referência para todo o Estado.
Com a enorme quantidade de testes solicitados por diversos municípios, o laboratório não tinha previsão para a entrega dos resultados – o que prejudica a adoção de políticas públicas mais eficientes.
A administração municipal informou que acaba de encomendar mil testes rápidos que devem chegar ainda na primeira quinzena deste mês.
Com a comprovação sobre a qualidade desses testes, o governo deve pedir mais 10 mil unidades ao mesmo fornecedor.
De acordo com o secretário de Saúde do município, Ricardo Mustafá, os testes rápidos apontam o resultado entre 15 e 30 minutos.
A expectativa é de aumentar a quantidade de testagens que vêm sendo feitas. Atualmente só os casos mais graves, como os internados, estão passando pela coleta de material biológico para exame.
Outra medida importante é o convênio assinado com o Laboratório São Francisco para os chamados exames moleculares – considerado mais confiável que o teste rápido. Em média, serão até 15 por dia, com possibilidade de aumentar a quantidade conforme a demanda.
O Laboratório São Francisco já vinha fazendo exames de pacientes particulares. Foi por essa via, inclusive, que se confirmou o primeiro caso positivo da doença em Marília, nesta terça-feira (31).
“O controle sobre quem vai passar por esses testes é da Saúde. Eu até gostaria de testar a cidade toda, mas é inviável. Não adianta a população correr para os postos de saúde pedindo para ser testada. Vamos utilizar critérios técnicos”, disse Mustafá em entrevista ao Marília Notícia.
De acordo com ele, o prazo para que saiam os resultados dos exames moleculares no Laboratório São Francisco é de três a cinco dias. Já no Instituto Adolfo Lutz, que processa no momentos mais de 50 exames marilienses, sequer foram informados prazos.
“Eu até mandei um ofício para o Adolfo Lutz pedindo um pouco mais de agilidade, porque só consigo tomar certas decisões a partir do momento em que eu sei o número de pessoas infectadas no nosso município”, finalizou o secretário de Saúde.
O valor que será investido tanto no convênio, quanto na compra dos testes rápidos, deverá ser divulgado nos próximos dias pela Prefeitura. A verba utilizada será do próprio município.