Prefeito de Garça grava vídeo sobre merenda jogada no lixo
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O prefeito João Carlos dos Santos (DEM), de Garça (distante 28 quilômetros de Marília), divulgou um vídeo nesta quarta-feira (23) em que dá explicações sobre a merenda dos alunos da rede municipal de ensino que acabou no lixo.
“Toda decisão que foi tomada, foi tomada através de um respaldo técnico. As nossas profissionais avaliaram adequadamente aquilo que tinha que ser avaliado e tomaram as decisões de forma adequada e correta”, afirma o prefeito de Garça.
Ele também argumenta que o caso foi explorado politicamente, com imagens que classifica como “sensacionalistas”, mas concorda que o descarte poderia ter sido feito de outra forma, “mais adequada”.
O objetivo das denúncias, de acordo com o prefeito, seria “desconstruir e levar informação distorcida às pessoas”. “Se trata de uma montanha de lixo da coleta de diária de lixo do nosso município. É claro que isso causa uma impressão muito negativa”.
João Carlos reforçou que os produtos jogados fora no aterro sanitário do município estavam contaminados pela ação de ratos ou tinham o prazo de validade vencido por terem sido retirados das escolas após o fechamento em decorrência da pandemia.
O prefeito convida ainda os interessados no assunto a conhecerem os documentos com a relação de produtos descartados.
O caso explodiu após dois vereadores de oposição publicarem vídeos nas redes sociais mostrando veículos do município jogando a merenda no aterro.
Inicialmente a administração municipal alegou que houve invasão de “ratos” na cozinha piloto, mesmo com “dedetização do local regular e sendo realizada dentro do prazo”.
“Mesmo com todos os cuidados quanto à dedetização do local e proteção do depósito onde os alimentos ficam armazenados, houve uma invasão de ratos no fim de semana dos dias 12 e 13 de setembro. Os mamíferos roeram a tela de metal e conseguiram acessar as embalagens de leite em pó, achocolatado e outros produtos”, alegou a Prefeitura, em nota.
Posteriormente, os parlamentares responsáveis pela denúncia mostraram que existiam produtos vencidos também.
Após uma denuncia parecida feita em junho, o Ministério Público Federal já havia aberto uma investigação. A apuração, agora, deve ser ampliada.