Prédio abandonado cedido para a Saúde gera problemas
Um prédio em situação de abandono, com cessão de uso para a administração municipal, no entorno da Praça São Miguel, têm gerado problemas para as redondezas.
Com danos no telhado, o imóvel estaria com acúmulo de água, proliferação de pragas urbanas e lixo depositado.
A ironia é que o local fica exatamente ao lado da garagem da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), que não consegue vistoriar o imóvel em ruínas para verificação e combate às larvas do Aedes Aegypt. Chaves e cadeados impedem o acesso ao interior.
Após receber denúncias sobre o caso, a reportagem esteve no prédio que fica no mesmo quarteirão que a pista de skate, na rua Luiz Gerônimo Fernandes.
Funcionários que não quiseram se identificar conversaram com o Marília Notícia e pediram ajuda. “Antigamente nós pegávamos as chaves com o pessoal do departamento de Zoonoses, mas agora mudou de mãos e não estamos conseguindo fazer a vistoria”.
Os funcionários da Sucen fazem nos arredores o controle de focos de proliferação do mosquito que transmite dengue, zika e chikungunya. Mas o prédio vizinho não é verificado há meses.
“Já encontramos larvas ali. O prédio ficou todo destelhado e a chuva cai lá dentro, destrói um monte de documentos de arquivo morto, e serve de lar para pombas, ratos e outros bichos”, comenta um funcionário.
Outro lado
Procurada pelo MN, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, “que o prédio pertence ao DER (Departamento de Estradas de Rodagem) do Estado de São Paulo. Desde 2008, está vigente um contrato de cessão de uso para o município”.
“Diante da não utilização, constatada pela atual administração, a secretaria municipal de Saúde (pasta que fez o uso do espaço) recomendou uma vistoria do setor de arquitetura e engenharia da Prefeitura. Serão verificadas as condições do local, para definição de uso ou destinação/devolução”, diz nota enviada.
Sobre o acúmulo de água e foco de proliferação de larvas, a “secretaria esclarece que o local está devidamente fechado e é periodicamente vistoriado pela Divisão de Zoonoses, não existindo registro de problemas relacionados ao Aedes Aegypti”.