Preço da gasolina passa de R$ 4 por litro em Marília
O preço cobrado pela gasolina em alguns postos de combustíveis em Marília passou do patamar de R$ 4 por litro nesta semana, enquanto o litro do etanol chega perto dos R$ 2,90 em alguns casos.
Na semana passada, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o valor mais alto da gasolina na cidade era de R$ 3,948, em uma pesquisa que envolve 13 estabelecimentos comerciais.
Os dados são da semana entre os dias 5 e 11 de novembro, quando a média do derivado do petróleo era de R$ 3,828.
Duas semanas antes, quando foi feito o levantamento anterior da ANP, o preço médio estava R$ 0,13 mais barato: R$ 3,696.
Por outro lado, o aumento médio do preço nas distribuidoras foi de R$ 0,11 centavos entre as duas últimas semanas que foram feitas as pesquisas.
Etanol
Em relação ao etanol, a reportagem do Marília Notícia identificou um posto de combustível cobrando R$ 2,89 pelo litro nesta quinta-feira (16).
Os dados da semana passada, da ANP, indicam que o preço médio do litro do derivado da cana-de-açúcar era de R$ 2,58. Já o preço mais caro era R$ 2,699.
Na semana entre 22 e 28 de outubro os valores médio e máximo do litro do etanol eram de R$ 2,396 e R$ 2,648, respectivamente.
Chama muito a atenção para a diferença do aumento no preço praticado pelas distribuidoras e o valor que chega até o consumidor final.
Entre as duas últimas pesquisas da ANP em Marília as distribuidores subiram o preço médio do litro do etanol em R$ 0,04. Já o aumento do preço nas bombas dos postos foi de R$ 0,18.
Bauru
A comparação dos dados da semana passada da ANP sobre Marília e Bauru mostra que os marilienses pagam mais caro tanto pela gasolina, quanto pelo etanol.
Como dito acima, o preço médio do litro da gasolina em Marília no último levantamento do órgão fiscalizador era R$ 3,828 o litro, enquanto em Bauru o valor era R$ 3,73 – ou seja, R$ 0,09 mais barato.
No caso do etanol, como dito, Marília tinha preço médio ao consumidor de R$ 2,58 o litro, enquanto em Bauru o valor era de R$ 2,536 – o que significa R$ 0,04 a menos.
Sincopetro
De acordo com Gustavo Cezar Henrique da Silva, presidente regional do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), a explicação dos aumentos é a mudança na política de preços da Petrobras.
Em julho, a Petrobras alterou o sistema de ajuste dos combustíveis fósseis, passando a alinhar os preços domésticos segundo a variação do câmbio e dos preços internacionais do petróleo e seus derivados
“De julho deste ano até agora o aumento da gasolina foi de 27% por conta do aumento do barril de petróleo de menos de US$ 45 para US$ 61,56. O etanol acaba acompanhando o preço da gasolina”, explica.
De acordo com Gustavo o reflexo do aumento é uma queda nas vendas, que vem sendo sentida desde o início da crise econômica no país. Ele aponta que além do preço internacional do petróleo, o Governo vem aumentando os impostos cobrados pelo combustível.
“A Petrobras fica com 29% do valor cobrado, 48% são impostos, 13% é o referente ao etanol na gasolina, e distribuição e revenda representa só 10% dos preços. As pessoas estão pagando R$ 2 só de imposto na gasolina”, detalha.
De acordo com o membro do Sincopetro as queixas sempre recaem sobre os donos de postos, que estão mais próximos do consumidor, mas os empresários também sofrem com a questão.