Apuração de crime contra Levi é prorrogada pela 3ª vez
A Polícia Civil segue investigando a tentativa de homicídio contra o chefe de Gabinete da Prefeitura de Marília, Levi Gomes de Oliveira, que na época do crime era secretário municipal da Fazenda. O caso está em segredo de Justiça, mas o site de consultas do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) revelou que foi feito o terceiro pedido de prorrogação de prazo para a investigação do atentado.
Segundo as informações que constam no portal da Promotoria, essa é a terceira vez que o prazo é prorrogado. O atentado contra a vida do então secretário da Fazenda ocorreu no dia 27 de abril deste ano. O início das investigações começou no mesmo dia, com o registro do boletim de ocorrência e perícia realizada no local, com coleta dos cartuchos deflagrados na ação criminosa.
O primeiro pedido de prorrogação de prazo apareceu no sistema do MP no dia 13 de julho. Nova solicitação foi feita em 19 de agosto. A terceira e até o momento última prorrogação ocorreu na última quarta-feira (14).
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG), em operação policial realizada nas cidades de Marília e Oriente, chegou a apreender três armas de fogo e prender dois suspeitos, que pagaram fiança criminal e foram liberados.
De acordo com a nota divulgada pela assessoria do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-4), no total, cinco mandados foram cumpridos em Oriente (distante cerca de 20 quilômetros) e Marília. As investigações indicavam que suspeitos realizaram cobranças e extorsões, principalmente contra empresários e políticos, com ameaças e uso de arma de fogo.
Durante as diligências, os policiais apreenderam uma pistola calibre 45 importada, um revólver 357 e uma espingarda, além de cheques e munição. Dois responsáveis pelas armas foram autuados em flagrante e liberados após pagamento de fiança.
CRIME
Levi Gomes de Oliveira sofreu a tentativa de homicídio na manhã do dia 27 de abril, no bairro Maria Izabel, zona Leste de Marília. Ele havia saído para caminhar, por volta das 5h, quando foi surpreendido por dupla armada em um veículo.
“Todo dia eu saio para caminhar pela manhã, hoje [data do crime] esporadicamente saí mais cedo. Hora que saí, notei um carro diferente estacionado na rua. Quando passei pelo veículo, ele saiu disparado até perto da Santa Casa e parou. Estranhei e mudei meu roteiro, fiquei um pouco ali na esquina. Percebi que do outro lado da rua, tinha uma moitinha, fiquei ali atrás”, conta. Neste momento, segundo Levi, o carro apontou no cruzamento.
O passageiro, então, colocou o braço para fora do veículo, com uma arma em punho. O acusado fez três disparos. “Eu comecei a me rastejar e, quando vi que ele não tinha mais ângulo para me pegar, saí correndo em uma direção. Vi que ele entrou na Cascata e voltei.”
O veículo não foi mais visto. A Polícia Militar foi acionada e a perícia requisitada para o local. Três cartuchos deflagrados foram localizados na cena do crime.