Pompeia integra projeto nacional de sequenciamento genético da população
O município de Pompeia foi selecionado para integrar o Projeto Genomas, iniciativa de alcance nacional que busca sequenciar o DNA da população brasileira. A ação é realizada pela Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia (FSNT) e pelo Instituto Chieko Nishimura, em parceria com a Prefeitura, Ciag, Ipec Guarapuava, Famema e Fatec Pompeia. O objetivo é fomentar a medicina de precisão, voltada para prevenção e diagnóstico de doenças crônicas e raras.
A implantação ocorre por meio de um acordo de cooperação técnico-científica com o governo do Paraná, onde o projeto já está em andamento na cidade de Guarapuava. “Para a Fundação, tem uma importância muito grande estarmos em um projeto de relevância nacional. É uma estratégia que gera pesquisa e expertise na área do genoma, para a saúde preventiva do país”, afirmou o superintendente da FSNT, Elvis Fusco.
Em Pompeia, 1.300 participantes serão escolhidos por sorteio, distribuídos conforme regiões demográficas. Além disso, 100 vagas foram reservadas para idosos com mais de 80 anos, cognitivamente saudáveis. A coleta de amostras de sangue e fezes será feita no Laboratório de Análises Clínicas (LAC) de Pompeia e enviada a Guarapuava, onde será processada pelo Instituto para Pesquisa do Câncer (Ipec). O material passará por sequenciamento genético em infraestrutura de alta tecnologia.
De acordo com o coordenador de integração do projeto em Pompeia, Eduardo Almeida, a iniciativa marca um passo inédito na história local. “Olhamos com bom grado para o que chamamos de medicina preditiva, onde podemos compreender um pouco mais como a cidade vai caminhar com relação à saúde”, disse.
O prefeito Diogo Ceschim (Podemos) destacou que a adesão insere Pompeia no cenário nacional de ciência e saúde. “Estar inserida nessa iniciativa reforça o compromisso de Pompeia com a inovação, a ciência e o cuidado com a saúde de sua população”, afirmou.
O Projeto Genomas em Pompeia é considerado “gêmeo” do programa em Guarapuava, iniciado em 2020 e atualmente na fase de sequenciamento de cerca de 2.000 amostras. Segundo o coordenador David Livingstone Alves Figueiredo, a diversidade genética da população brasileira torna o estudo fundamental para o desenvolvimento de diagnósticos e tratamentos mais eficazes.
O Ministério da Saúde informa que a iniciativa integra o Programa Nacional de Genômica e Saúde Pública de Precisão – Genomas Brasil, criado para estruturar um banco de dados nacional com o sequenciamento de 100 mil indivíduos, representando a diversidade étnica do país. Até julho de 2025, 43 mil genomas já haviam sido completamente sequenciados.