Polícia investiga ex-gerente bancária por suposto golpe de R$ 308 mil contra empresários

A Delegacia de Polícia de Palmital, na região de Assis, cumpriu mandados de busca e concluiu a investigação que apurou um esquema de furto mediante fraude, invasão de dispositivo eletrônico e falsidade ideológica. A indiciada é uma ex-gerente bancária que atuou em instituições da região.
As vítimas apontadas são empresários, proprietários de um tradicional estabelecimento do setor alimentício, que registraram prejuízo de R$ 308 mil.
O caso veio à tona após um dos empresários identificar movimentações financeiras incompatíveis com a rotina do negócio. Os extratos, segundo a investigação, mostravam saques diários e consecutivos de R$ 1 mil, geralmente em séries de três operações, desde julho deste ano.

A situação se agravou quando a agência bancária confirmou à polícia que dois cartões haviam sido emitidos em nome das vítimas sem autorização, o que motivou a abertura imediata do inquérito.
Compras e saques
Durante as diligências, a Polícia Civil localizou compras suspeitas em lojas de Assis e Cândido Mota – realizadas com um dos cartões fraudados. Em um dos estabelecimentos, a transação estaria registrada diretamente no nome da investigada; em outro, uma funcionária teria reconhecido a mulher como responsável pela compra.
As apurações ganharam força com imagens do circuito interno de um supermercado, em Assis, que mostram uma mulher com características compatíveis realizando saques nos mesmos horários e valores identificados nos extratos.
A Polícia Civil afirma que constatou que telefones e e-mails das vítimas haviam sido alterados no sistema bancário, impedindo o recebimento de alertas sobre as movimentações e evidenciando o nível de planejamento e complexidade do esquema.

Diante dos indícios, o delegado responsável representou pela expedição de dois mandados de busca e apreensão, cumpridos na manhã de ontem em endereços ligados à investigada.
Nas buscas, foram encontrados extratos bancários com registros de depósitos feitos para a conta da ex-gerente, documentos e contratos com supostos indícios de adulteração, bolsas e roupas de marcas conhecidas — compatíveis com padrão de consumo elevado — e supostas peças de roupa usadas em um dos saques registrados por câmeras.
Um Toyota Corolla, adquirido recentemente, também foi apreendido e será analisado para verificar sua origem e eventual relação com o esquema. A mulher não foi presa, mas pode responder por série de crimes. As investigações estão na fase final e o caso tende a ser encaminhado ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).