Polícia cumpre mandado e prende ex-diretor da Câmara de Marília
O ex-diretor da Câmara de Marília, Toshitomo Egashira, conhecido como Toshi, foi preso por policiais militares na manhã desta quarta-feira (6) no bairro Maria Izabel, zona Leste de Marília.
Toshi foi condenado a três anos, oito meses e treze dias de prisão em cumprimento no regime semiaberto. O mandado de prisão foi expedido pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Marília.
Sua condenação é referente ao desvio de R$ 4,8 milhões dos cofres públicos através de cheques emitidos quando ele estava no cargo de diretor geral da Câmara Municipal, em 2001.
Ele foi conduzido até a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Marília e a ocorrência está sendo registrada. Em seguida, Toshi será recolhido para a Penitenciária de Marília.
Entenda
O esquema de corrupção iniciou entre 2001 e 2002, no biênio do ex-presidente Herval Rosa Seabra, com a emissão de 309 cheques da Câmara Municipal. O valor emitido não tinha correspondência ou era superior aos gastos públicos do Poder Legislativo.
O total do desvio registrado foi de R$ 4.823.522,80 do erário, com a reposição de apenas R$1.782.652,85. Em todos os cheques, havia necessidade de assinatura conjunta de Toshi e Herval.
O caso foi desmembrado em dois processos: civil e criminal. Nas ações civis, o crime foi prescrito para ambas as partes.
Em relação a criminal, a 3ª Vara Criminal da Comarca de Marília absolveu Herval das acusações e manteve a condenação de Toshi por crime de apropriação Indébita. A Defensoria Pública ainda conseguiu redução da pena de Toshi de oito para três anos no semiaberto.
Retrospecto
Toshitomo Egashira foi investigado em duas ocasiões por desvios de cheques na Câmara Municipal. Entre os episódios, foi condenado por apropriação indébita em 2002 e teve o processo arquivado em 2003, quando o presidente do Legislativo era Valter Cavina.
Eles foram acusados do desvio de aproximadamente R$ 2,6 milhões dos cofres do legislativo durante os anos de 2003 e 2004. No entanto, a ação foi arquivada pela Justiça de Marília. Ambos tiveram a punibilidade extinta.