Polícia conclui inquérito sobre corpo achado em penhasco
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) concluiu o inquérito da morte de Jefferson da Ressurreição, de 25 anos. A vítima ficou desaparecida e o corpo foi localizado dias depois em um penhasco nas imediações da Vila Real, zona Sul de Marília. O caso foi registrado em novembro de 2022.
Segundo a polícia, testemunhas sigilosas apontaram a morte como resultado de homicídio. O laudo do Instituto Médico Legal (IML), porém, aponta que a morte teve causas naturais.
De acordo com a polícia, algumas testemunhas teriam relatado que, antes de desaparecer, Jefferson teria tido o celular vendido por um homem, o que teria causado uma discussão entre os dois. Conforme os relatos, o suspeito teria assassinado a vítima.
Os depoimentos ainda apontariam que, em represália pelo homicídio, o suspeito chegou a ser alvejado por um tiro.
Uma das pessoas ouvidas também disse que um segundo suspeito teria lhe confessado que matou Jefferson junto com outros dois – um deles seria o homem que se desentendeu com a vítima por causa do celular.
De acordo com a polícia, outra testemunha teria afirmado que a vítima tinha sido morta com tiros e pauladas. Esse depoimento narraria que o autor seria o homem que se desentendeu com a vítima pelo celular e que outros três auxiliaram no crime.
Conforme a polícia, outro relato diz que o cadáver chegou a ser enterrado no quintal da casa de um dos suspeitos e, depois de algum tempo, foi desenterrado e jogado no vale. Ao todo sete testemunhas protegidas foram ouvidas e apresentaram versões similares para os policiais.
O inquérito aponta que o suspeito de ser autor do crime negou o fato, mas alegou que realmente tinha se desentendido com a vítima por causa da venda do celular de Jefferson, que teria ocorrido pelo fato dele [Jefferson] não ter lhe entregado porções de drogas, que teriam sido compradas com o dinheiro do acusado.
Os dois suspeitos de auxiliarem o suposto autor no crime negaram envolvimento e apontaram o homem – que se desentendeu devido ao celular com a vítima – como possível único autor do crime.
O inquérito pontua, contudo, que a vítima foi submetida a exame necroscópico e que o laudo pericial concluiu que a morte teria tido causa natural.
A polícia chegou a solicitar esclarecimentos sobre o documento, mas laudo complementar também apontou como morte natural. O documento segue agora para apreciação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).