Polícia Civil investiga site que aplica golpe do falso leilão
A Polícia Civil está investigando o site ‘Marília Leilões’ após três vítimas registrarem Boletim de Ocorrência relatando terem sofrido o golpe do falso leilão de carros seminovos.
De acordo com a polícia, as três vítimas que caíram no golpe aplicado pela internet são de outros estados – Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Dois casos foram mostrados pelo Marília Notícia: do aposentado que veio checar o veículo antes da compra e descobriu a farsa sem cair no golpe e de outra vítima que perdeu mais de R$ 65 mil.
Conforme o delegado seccional, Wilson Carlos Frazão, o site utiliza o CNPJ de uma empresa de leilões que existe em Marília, porém trabalha somente com leilões de gado. Os criminosos também indicam o local para retirada dos veículos aqui na cidade.
“As contas onde são depositados os valores são de São Paulo e da cidade de Socorro. Montaram uma página na internet utilizando o CNPJ de uma empresa de Marília”, disse Frazão.
“Faremos a investigação inicial e em seguida encaminhamos para onde eles auferem o lucro, ou seja, as agências bancárias onde os valores foram depositados. Vítimas não são daqui e contas de depósitos também não. Certamente estão apenas usando o nome da empresa sediada em Marília. Não são daqui”, completou o seccional.
A empresa cujo CPNJ está sendo utilizado inclusive usou as redes sociais para se manifestar e alertar as pessoas. “A Marília Programa Leilões comercializa apenas animais, estão usando o nosso nome e CNPJ como uma leiloeira que comercializa carro, não somos nós, tomem cuidado porque essa empresa é falsa, não deposite nenhum valor na conta, é golpe!”, diz a mensagem.
O MN constatou ainda que o endereço informado no site – Rua Pedro Martins Parra, 893 – é na verdade o Centro de Distribuição da Dori.
A reportagem entrou em contato com a empresa para esclarecer os fatos, mas até o momento não houve retorno. O espaço segue aberto.
Durante a investigação da reportagem, o MN apurou que o suposto falso leilão não está registrado na Junta Comercial de São Paulo, que é uma obrigação para operar.
Além disso, o site está registrado nos Estados Unidos em nome de um serviço que mascara os verdadeiros proprietários. É um golpe cada vez mais comum que vem sendo aplicado.
Frazão alertou ainda que as pessoas devem desconfiar sempre e não depositar valores antes de ver o bem que está adquirindo.
“As pessoas devem desconfiar de depósitos em nomes de pessoas físicas e de ofertas milagrosas. Uma das pessoas não depositou dinheiro porque veio ver o bem antes”, finalizou o delegado.