Polícia Civil identifica mortos encontrados na manhã desta quinta-feira em Marília
A Polícia Civil investiga as duas mortes registradas como suspeitas na manhã de hoje. Um corpo foi encontrado na linha férrea que passa pelo bairro Palmital e o outro em uma residência no Parque das Primaveras, ambos os casos na zona norte de Marília. As vítimas já estavam mortas há alguns dias e não havia sinais de violência. As ocorrências estão sendo apuradas pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
De acordo com as informações apuradas pelo Marília Notícia, o primeiro caso teria sido comunicado às 7h49, na rua Antônio da Costa Lopes, Parque das Primaveras. O corpo do aposentado Álvaro Aparecido Jordão, de 62 anos, foi encontrado em cima da cama do imóvel em que residia, sendo um cômodo misto, com quarto e cozinha.
Na parede do cômodo havia uma grande mancha vermelha e no chão estava espalhada razoável quantidade de sal. Segundo informações do médico plantonista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atendeu ao chamado, a vítima devia estar morta há cerca de três dias, já em estado moderado de decomposição.
Um vizinho relatou que o idoso tinha o apelido de “Borracha”, sendo visto pela última vez na terça-feira (5), na hora do almoço. O vizinho foi até a casa da vítima, já que fazia tempo que não a via. A porta estava fechada com uma corrente, mas a corrente estava solta e não tinha sido fechada por dentro.
Na casa, o vizinho viu a vítima sem vida na cama e com sangue na região da cabeça. Os parentes foram chamados e acionaram o socorro. Os familiares chegaram a relatar uma desavença da vítima com outros vizinhos, mas afirmaram não terem visto nada de anormal.
O aposentado fazia tratamento em razão de trombose. Uma equipe da DIG foi ao local. A Polícia Técnico-Científica testou a substância vermelha que estava na parede e verificou não se tratar de sangue.
O cadáver não tinha lesões aparentes e o sangue no rosto e nuca parecia ser proveniente da boca e nariz. Tendo em vista tratar-se de encontro de cadáver em estágio de decomposição e, embora sem lesões aparentes a olho nu, o caso foi registrado como morte sem causa aparente.
ANDARILHO
O segundo cadáver foi encontrado às 9h50, dentro de um barraco localizado na linha férrea, nas imediações da avenida Pedro de Toledo, no bairro Palmital, zona norte de Marília. A vítima foi reconhecida como Nivaldo Xavier de Oliveira. O corpo já se encontrava em moderado estado de decomposição, porém, sem sinais de violência.
Foi feito o trabalho de perícia pela Polícia Técnico-Científica. A vítima não portava documentos e o estado de decomposição do corpo impedia a identificação pela comparação com as fotografias constantes nos sistemas policiais, porém, Nivaldo Xavier residia no local onde o corpo foi encontrado e no local estavam seus cães, os quais foram resgatados pela ONG Zangrossi.
Uma testemunha que trabalha em um restaurante nas imediações confirmou conhecer a vítima, que seria realmente Nivaldo Xavier de Oliveira, que tinha o costume de pedir comida no local. Ele havia sido visto pela última vez na terça-feira (5), na hora do almoço.
Junto ao barraco onde a vítima se encontrava deitada, havia uma carroça de recicláveis com o nome Xavier escrito em tinta. Ainda assim foi requisitada a coleta de digitais para confirmação da identificação da vítima. Não havia sinais visíveis de violência, mas o caso foi registrado como morte suspeita e será investigado pela DIG de Marília.
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