PM fardado agride porteiro com cotovelada no rosto em padaria em São Paulo
Um policial militar de 35 anos agrediu um porteiro dentro de uma padaria no bairro Avareí, em Jacareí (SP), no início da noite desta quarta-feira (24).
O porteiro Kelvyn Alexsander Barbosa Nunes, 27, recebeu uma cotovelada no rosto e precisou de atendimento médico.
Segundo a irmã dele, a técnica de enfermagem Nayane Cristina Barbosa Nunes, 26, Kelvyn recebeu alta nesta quinta-feira (25), mas terá que passar por uma nova avaliação neurológica.
Conforme Nayane, seu irmão recebeu cinco pontos no rosto.
Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) declarou que o policial militar foi afastado temporariamente de suas funções operacionais e que a Polícia Militar não compactua com desvio de conduta.
Um Inquérito Policial Militar foi aberto para apuração dos fatos.
A ação foi registrada em vídeo.
Pelas imagens, Kelvyn, que estava acompanhado por sua esposa e pela filha, uma bebê de oito meses, espera uma mulher ser atendida no balcão da padaria para ir conversar com uma funcionária. O PM aguardava ao lado. Pelo vídeo é possível perceber que Klevyn segurava duas sacolas em uma das mãos.
Instantes depois, ele e o PM começam a conversar. Na sequência, o PM se aproxima do casal e acerta uma cotovelada em Kelvyn.
Conforme Nayane, as sacolas carregadas por seu irmão eram roupas a serem doadas para uma funcionária da padaria.
“Ele foi fazer o bem, uma boa ação”, disse à Folha.
Questionada sobre o possível motivo da agressão, a irmã da vítima respondeu que “não tem como justificar o injustificável”.
Nayane disse não conseguir dormir desde o ocorrido. Em suas redes sociais, ela fez várias postagens em que demonstrou indignação com a agressão. Ela escreveu que doeu ver o irmão no hospital naquelas condições.
A família do porteiro afirmou ter aberto dois procedimentos, um na Polícia Civil e outro num batalhão da PM.
Em nota, a SSP afirmou que o caso foi registrado como lesão corporal pelo 3º Distrito Policial da cidade, que requisitou exame de corpo de delito para a vítima.
Por Paulo Eduardo Dias