PM assume escola violentíssima e a transforma em modelo
As diferenças começaram nos muros. Antes inteiros pichados, agora dão espaço ao branco, ao azul e só. E não foram só as paredes que mudaram na Escola Estadual Professor Waldocke Fricke de Lyra, em Manaus. Depois que passou para as mãos da Polícia Militar, virou 3º Colégio Militar da PM Waldocke Fricke de Lyra e, junto disso, viu sua rotina mudar drasticamente. O desempenho dos alunos também mudou — e para melhor.
O colégio fica em uma das regiões mais violentas de Manaus e registrava furtos, banheiros quebrados, brigas no pátio e trânsito livre de armas brancas. Os policiais mudaram isso com rotina rígida e uma gestão linha dura.
Para entrar, farda e horário rígido. Para sair, só após a realização de todas as tarefas. Celular? A ordem é que ele fique sem bateria até a saída do colégio. Tudo isso sob o controle do coronel aposentado Rudnei Caldas, que afirma ter encontrado resistência dos professores no início da implantação do novo sistema. Mesmo assim, ele não desistiu e manteve o que julgava melhor para a escola.
Quando passam, por exemplo, pelos policiais armados que atuam como inspetores, endireitam a coluna e batem continência. Dentro das salas de aulas, gritos de guerra são ouvidos antes das jornadas e distintivos de patentes são distribuídos para os donos das melhores notas. Uma indisciplina até é aceita, mas se reiterada, leva à expulsão.
Em 2015, até maio, foram cinco alunos expulsos, média de um por mês — todos por não se adequarem à política do colégio. Os professores antigos, resistentes ao novo sistema, foram quase todos mandados embora e substituídos.
Fonte: Yahoo