Planos do Banco do Brasil deixam funcionários apreensivos
O Sindicato dos Bancários de Marília tem exigido transparência por parte do Banco do Brasil a respeito das agências que a instituição financeira pretende fechar na cidade e na região. Planos de demissão voluntária também acabam de ser lançados.
Só no município, segundo a entidade, são cerca de 140 funcionários do Banco do Brasil. Em 17 cidades da região abrangidas pelo sindicato, são aproximadamente 250 trabalhadores. A informação é de que eles estão apreensivos com a falta de detalhes.
A assessoria de imprensa da instituição financeira se recusou a fornecer informações locais ao Marília Notícia. “Por ora, estamos divulgando as informações apenas em âmbito nacional”, informou o banco.
Dados do Banco Central do Brasil, referentes a outubro do ano passado, indicam que Marília possui oito agências do Banco do Brasil.
Representante regional dos bancários, o sindicalista Edilson Julian informou ao site que já participou de uma reunião com representantes do banco
“Mas só nos apresentaram um plano genérico. Não existe qualquer detalhe, não sabemos quais agências vão fechar, quais vão ser transformadas em posto de atendimento, em escritório”, reclama Edilson.
Outra preocupação é com o fim de algumas funções em agências, como caixas. “Esses trabalhadores vão ser escalados como escriturários, mas terão perda de rendimentos ao que tudo indica”, afirma o sindicalista.
Ele também quer saber se agências de cidades pequenas serão fechadas. “O banco tem um papel social também, de desenvolvimento e serviços à população. Não é só porque não dá lucro, que pode fechar. E as cidades que só possuem uma única agência, como fica?”
Banco
Em nota o Banco do Brasil informou que “avaliou suas unidades de negócios em relação ao desempenho financeiro de cada ponto, o potencial de negócios, o volume de utilização do ponto pelos clientes, a proximidade com outros pontos do BB e as características dos imóveis”.
“O resultado do estudo levou ao encerramento de pontos, mudanças de tipologia e relocalizações de agências”, diz o texto oficial.
“As mudanças envolvem adaptações na rede de atendimento em 361 municípios. O BB manterá sua presença em todos eles, seja com outras unidades próprias já existentes, em 221 municípios, seja com correspondentes bancários ‘Mais BB’, nos demais”.
Como parte das ações, o BB lança dois programas de desligamento incentivado que visam otimizar a distribuição da força de trabalho, equacionando as situações de vagas e excessos nas Unidades do banco, contribuindo para a redução de despesas e para a melhoria da eficiência operacional.
A economia líquida anual estimada com despesas administrativas gerada por estes movimentos, exceto o impacto dos planos de desligamento incentivado voluntário, é de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhão até 2025.
Resumo do que foi divulgado pelo BB para todo o país:
- Criação de 28 unidades de negócios, sendo 14 agências especializadas no segmento de Agronegócios e 14 Escritórios Leve Digital;
- Transformação de 145 unidades de negócio em Lojas BB;
- Encerramento de 112 agências, 242 Postos de Atendimento (PA) e 7 escritórios;
- Transformação de 243 agências em Postos de Atendimento e de 8 PAs em agências;
- Relocalização de 85 unidades de negócios para locais com compartilhamento de espaço;
- Implantação do Plano de Adequação de Quadros (PAQ), que consiste em um plano de ajuste da força de trabalho do Banco, equalizando situações de vagas e excessos nas dependências. Esses funcionários terão a possibilidade de movimentar-se, com priorização, para vagas existentes em outras unidades ou desligar-se da empresa;
- Implantação do Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), em que funcionários que atenderem aos pré-requisitos poderão manifestar interesse de se desligar da empresa, com limite de 5 mil adesões;
- Revisão de dotações em diversas unidades do Banco.