Plano Diretor tem 13 projetos para criar cenário turístico
A revisão do Plano Diretor de Turismo de Marília, que prevê uma série de ações para fomentar o setor na cidade, foi aprovada por unanimidade durante a sessão da Câmara desta segunda-feira (20). De acordo com o cronograma apresentado no documento, as ações devem ser implementadas até 2032.
Segundo o coordenador do Plano e presidente do Conselho Municipal de Turismo, Gilberto Rossi Júnior, não houve grande mudança em termos estruturais com relação à primeira versão, aprovada em 2018, porém, as prioridades mudaram.
“O método adotado para o planejamento começa com uma análise de ambientes de mercado. Com a pandemia, o setor de turismo foi um dos mais impactados. Nossa hotelaria funciona muito em torno do turismo de eventos e negócios, principalmente em dias de semana. Os eventos pararam de acontecer, e os negócios também migraram para o ambiente digital”, explica.
A solução foi fortalecer outras frentes, seguindo as principais tendências identificadas pelos órgãos de turismo estadual e federal, e também fazendo uma leitura da mudança do comportamento do público em geral.
“A volta à natureza, a busca por viagens mais curtas, em distâncias menores e em veículos próprios, nos fez olhar mais para nossa microrregião e para a população de 1 milhão de pessoas que nos cerca. Mudamos algumas prioridades no cronograma de ações e inserimos novas ações para fortalecer o ecoturismo, o turismo rural, o lazer de uma forma geral”, diz Júnior.
O coordenador conta que um exemplo dessa mudança é o projeto que a Secretaria Municipal de Turismo tenta aprovar junto ao Estado para a criação de um circuito de trilhas, para potencializar o cicloturismo, a prática do trekking, e incluindo as propriedades rurais localizadas nas estradas rurais da cidade.
PLANO REVISADO
O novo Plano Diretor de Turismo contou com pesquisa de oferta e demanda no setor e com a criação de um planejamento com base nas forças, fraquezas, oportunidades e desafios do município. A partir daí, houve a criação de propostas com foco em quatro polos: cenário turístico, governança e legislação, sensibilização da população e estratégias mercadológicas.
Para a criação do cenário turístico, a pasta sugeriu treze projetos, com execução a curto, médio e longo prazo. Entre as propostas que poderiam ser executadas em menor espaço de tempo, estão a revitalização do Bosque Municipal, adotando a temática dos dinossauros; a criação do Parque dos Itambés – que circunda toda a malha urbana da cidade; e a melhora na paisagem noturna de Marília, para tornar os entretenimentos mais atrativos e seguros.
O plano também sugere a instalação de quatro mirantes (um em cada região da cidade) com estrutura e preparação de espaço para exploração comercial; estruturação de roteiros de bikes; criação de um Centro de Esportes e Lazer a céu aberto em Avencas; criação de novos museus; a criação de um parque em volta da Represa Cascata; a implantação da Praia Esmeralda (transformando a via pública em rua de lazer, com a implantação de equipamentos apropriados e remanejamento do trânsito); e de um parque linear ao lado da ferrovia, cuja extensão deve pegar de Lácio a Padre Nóbrega, além de outras intervenções na cidade.
Como ações de governança e legislação, o Plano Diretor de Turismo propõe também mudanças em leis e a criação de um departamento de gestão para o setor. A intenção é fazer até um estudo de viabilidade para a instalação de um teleférico beirando os vales.
Há ainda estratégias para sensibilizar a população sobre a importância do turismo, com investimento em marketing para a criação de uma marca e ativação de redes sociais.