Plano contra dengue conta com mais de 400 profissionais e ações efetivas
O Plano de Contingência da Dengue, imposto pela Secretaria Municipal da Saúde em decorrência da epidemia local, conta com o suporte de 101 médicos e 333 agentes nos postos de saúde.
De acordo com a assessoria de imprensa da administração municipal, no que abrange a assistência aos casos de dengue, a Prefeitura prevê ainda um aporte de profissionais de enfermagem e médicos nas próximas fases do plano de contingência.
“Este incremento pode se dar através de contratação emergencial e horas extras”, completa a assessoria, que não especificou quantos profissionais de cada área são almejados.
Atualmente, a cidade conta com 224 agentes comunitários de saúde (ACSs) e 109 agentes de controle de endemias (ACEs), total de 333 trabalhadores.
Na rede municipal, são ainda 20 médicos clínicos-gerais, 15 pediatras e sete ginecologistas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além de 38 enfermeiros. Já os postos da Estratégia da Saúde da Família (ESF) possuem 59 médicos, juntamente com 61 enfermeiros. Total de 101 médicos e 99 enfermeiros.
Nos casos de dengue, os enfermeiros também podem prestar assistência, acompanhados pelos clínico-gerais.
VACINA
Segundo a Prefeitura de Marília, há ainda a expectativa em relação à vacina contra a dengue. O município deve ser contemplado pelo Governo do Estado de São Paulo com o imunizante que está sendo produzido pelo Instituto Butantan em novembro.
Sobre as doses que já têm sido distribuídas pelo Governo Federal, em um primeiro momento, Marília ficou de fora da lista de beneficiadas. “Produzida pelo laboratório japonês Takeda, os imunizantes serão destinados, inicialmente, a regiões com maior incidência e transmissão do vírus, contemplando crianças e adolescentes de 10 a 14 anos”, pontua a assessoria do Ministério da Saúde.
Como meio para agilizar a imunização dos paulistas, o secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, anunciou em Marília que o governo deve pedir o registro da vacina produzida pelo Butantan ainda no primeiro semestre deste ano.
“Devemos registrar na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em julho e, se tudo correr bem, a gente pode ter a vacina à disposição em novembro. Será de dose única”, disse na semana passada, quando cumpriu agenda na cidade.
PLANO DE CONTINGÊNCIA
O plano de contingência deste ano coloca em debate medidas urgentes de readequação dos fluxos de atendimento ao paciente e de bloqueio dos vetores (larvas e mosquitos), com o intuito de frear ou reverter o alto risco de contágio e proliferação de focos da doença já presente no município.
A iniciativa lista programa de ações e projeta os passos para as diferentes fases da transmissão. Inclusive com a contratação de chaveiro em caso de o imóvel estar fechado, e em que não é possível identificar o proprietário.
O documento pontua questões envolvendo equipamentos para as atividades de bloqueio.
ACSs X ACEs
“O ACS está vinculado ao território de UBS/USF e tem como atribuições realizar visitas domiciliares rotineiras, casa a casa, para a busca de pessoas com sinais ou sintomas de doenças agudas ou crônicas, de agravos ou de eventos de importância para a saúde pública. Depois, faz encaminhamento para a unidade de saúde de referência. No que se refere ao ACE, a sua atribuição se insere no âmbito das atividades de vigilância, prevenção e controle de doenças e promoção da saúde, sob supervisão da equipe de vigilância ambiental”, explica a administração municipal em nota.
REGISTROS
De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica do Município, Marília tem até o momento dois óbitos confirmados por dengue e 1.533 casos notificados.