Píton aprendida em Marília vai para o zoológico de Bauru
A píton albina aprendida semana passada pela Polícia Militar Ambiental, em uma casa do Jardim Santa Paula, onde era criada clandestinamente, já tem novo endereço definido.
A cobra será encaminhada para o Zoológico de Bauru – 100 quilômetros de Marília – onde passará por quarentena, adaptação e poderá, em breve, ser visitada no serpentário da instituição.
O educador ambiental e coordenador do projeto Athenas, Rodrigo Marcheselli, revela que o animal tem cerca de 13 anos, 16 quilos e quatro metros de comprimento.
Mesmo sem veneno – assim como jiboias e sucuris – é bastante agressiva e capaz de matar mamíferos de pequeno porte, como coelhos. Há registro, inclusive, de uma píton da mesma espécie ter transformado em refeição um filhote de cervo.
A cobra usa a constrição de sua poderosa musculatura para asfixiar e quebrar os ossos, antes de devorar as presas. O animal pode chegar a seis metros e atingir até 40 quilos. Está entre as cinco maiores serpentes do mundo.
“Esse exemplar encontrado em Marília é nativo do sudeste asiático. Também é conhecida como Píton Birmanesa, ou albina, pela sua coloração bastante incomum. Em algumas regiões dos EUA, faz muito sucesso como bicho de estimação. No Brasil, isso não é possível”, explica Rodrigo.
O responsável pelo cativeiro na zona Sul foi multado em R$ 2,2 mil e responderá a processo por crimes ambientais – manter animal ilegalmente e introduzir espécie exótica.
A píton albina está sob os cuidados da veterinária Juliana Guarnieri, especialista em animais silvestres, em uma clínica parceira da PM Ambiental em Marília.