Piloto da “gangue do corsa” é condenado a 12 anos
A Justiça de Marília sentenciou a 12 anos de prisão no regime fechado Rodrigo Marcelino Jordão Emílio, de 24 anos, por roubos cometidos com a “Gangue do Corsa”, onde ele era o piloto de fuga. Uma série de crimes foi cometido com a ajuda de dois adolescentes.
Os roubos, segundo o Ministério Público, foram ocorridos entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano. Emílio já estava preso preventivamente desde janeiro.
Foram confirmados seis assaltos feitos com a ajuda do carro da família de Emílio. Um dos adolescentes envolvidos é sobrinho dele.
As vítimas eram quase sempre mulheres. O trio não usou armas, mas intimidava para levar bolsas e celulares, revendidos para receptadores. O dinheiro era repartido.
A sentença foi aplicada pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Marília, Décio Divanir Mazeto.
As penas são de 11 anos, um mês e dez dias de prisão por conta dos roubos, além de um ano e seis meses por corrupção de menores. Emílio foi absolvido da acusação de formação de quadrilha.
HISTÓRICO
O trio foi detido pela Polícia Militar no último dia 19 de janeiro, após realizar mais um assalto. Como publicado pelo Marília Notícia no dia, os criminosos abordaram uma motociclista no cruzamento das Avenidas Rio Brando e Saudade, zona oeste de Marília.
Um deles puxou a bolsa da vítima e arrancou em disparada em um Corsa prata. Uma testemunha presenciou a cena e anotou a placa do carro.
Com a informação em mãos, a PM levantou o endereço ligado ao veículo e fez campana em frente da residência, na Avenida João Martins Coelho.
Minutos depois, os bandidos chegaram no local e foram detidos ainda com os produtos do roubo.
Segundo o delegado Aéliton Roberto de Souza, no prosseguimento das investigações, a DIG identificou seis roubos praticado pela mesma gangue.
“Os objetos dos crimes também foram celulares e bolsas, sendo que cinco deles foram praticados por Rodrigo e seu sobrinho, um dos adolescentes. Apenas um dos roubos teve também a participação do menor de 15 anos”, disse Aéliton Roberto de Souza.
Ainda de acordo com o delegado, além do reconhecimento pessoal feito pelas vítimas, o adolescente de 17 anos confessou todos os roubos realizados.
Ele disse que o tio sempre era o motorista “piloto de fuga” e o carro utilizado também era sempre o mesmo, pertencente à família.
O menor infrator esclareceu que não era utilizada arma de fogo. Eles apenas ameaçavam as vítimas, que apavoradas acabavam cedendo.
Todos os celulares roubados foram vendidos para receptadores e o dinheiro partilhado entre os autores.
Na ocasião da prisão trio foi colocado em custódia cautelar, sendo que os adolescentes foram recolhidos na cadeia de Pompéia e Rodrigo foi encaminhado para a penitenciária de Marília.
Por determinação da Vara da Infância e Juventude, os menores poderão ficar até os 21 anos de idade na Fundação Casa. O delegado, na época, acreditava que o trio tenha praticado outros roubos.
Agora, a reportagem não conseguiu confirmar a situação atual dos adolescentes.